A cantora Isabella TavianiLB Digital

Filha de mãe baiana e pai potiguar, a carioca Isabella Maria Lopes Leite, mais conhecida como a cantora Isabella Taviani, herdou deles o gosto pelas raízes e a musicalidade. A mãe é professora de piano e de música. Com o pai, aprendeu a gostar das canções românticas italianas, com as quais, quando criança, era acordada por ele aos sábados. O sobrenome artístico Taviani não veio por acaso: com o avô materno conheceu as óperas e a música clássica, esta última a variedade que a artista adora escutar quando vai compor.
Mas Isabella Taviani tem outras grandes paixões, como a família e o Botafogo, seu time do coração. Do clube recebeu, em 2011, o Prêmio Mulher Alvinegra, ao lado de Beth Carvalho e da ex-jogadora de vôlei Ana Richa. No mesmo ano, conheceu a esposa, a médica e também cantora Myllena Varginha, com quem se casou em 2018 no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro. Elas se conheceram no avião, indo para Manaus fazer show e hoje têm 12 anos de casadas. As duas têm uma relação que inspira muita gente.
A maternidade tornou-se outro motivo de orgulho, amor e alegria com a chegada dos gêmeos Estevão e Ignácio em 2019, um mês antes de Isabella completar 51 anos. O que pouca gente sabe é que a cantora, que adora se jogar no chão para brincar com as crianças, também cultiva o lado sério da mãe exigente, que sabe cobrar e impor limites – e que se derrete ao falar de suas crias. Depois de um tempo se dedicando às crianças, agora Isabella concilia a maternidade com os compromissos em virtude da turnê. A cantora viaja pelo país com o show ‘Isabella Taviani: voz e violão’, que pontua o início das comemorações pelos 20 anos de carreira.
Vamos conhecer um pouco mais sobre o nosso mulherão desta terça? Confiram a entrevista completa!
Como é sua relação com seus filhos? Como é ser mãe após os 50 anos? 
Os gêmeos são meninos lindos e encantadores, porém, não podemos esquecer que é uma idade de disputa, uma fase que exige muitos cuidados. Eles são irmãos e disputam o amor, os espaços, os brinquedos, a atenção... É preciso muita paciência, conhecimento, atenção e amor. Ser mãe após os 50 anos tem um lado positivo. Afinal, eu já vivi muita coisa. Ser mãe nessa idade é um presente divino. Talvez eu nunca esperasse isso. Nunca foi um desejo meu até os meus 40 anos. Mas veio depois que eu conheci a Myllena, ela me trouxe essa vontade. Então eu embarquei nessa aventura maravilhosa que está sendo a maternidade. É uma introdução na nossa vida de dois seres maravilhosos, que demandam muita energia.
Como você e sua esposa lidam com a rotina e as crianças pequenas?
Ter filhos nem sempre é algo maravilhoso para a relação a dois. No nosso caso foi muito complicado. E o relacionamento, para ele se manter depois da gravidez, da maternidade e principalmente depois de dois filhos gêmeos, é complicado e exige um desgaste. Existe sim, muita disputa para saber o que é certo e o que é errado. Claro que existem brigas do casal. Se o casal não está bem e não tem um amor muito forte, ele se perde. Então, a minha relação com a Myllena sempre foi maravilhosa, incrível. Formamos um casal tranquilo. Vivemos muitas aventuras juntas, mas com a chegada dos filhos houve sim um momento de trepidação e não foi fácil sintonizar novamente. Passamos por fases. As vezes está tudo maravilhoso e às vezes fica difícil. Mas uma coisa a gente sempre teve, que isso jamais iria nos separar, nosso amor é muito forte. Acho que essa é a maior mensagem que eu posso dizer para quem deseja ter filhos. É preciso tem uma relação muito forte, ter muito amor.
O que ainda falta fazer na carreira? 
Tenho muitos projetos, fazer projetos de áudio e vídeo, lançar nas plataformas minhas canções mais conhecidas com novos arranjos. Quero continuar minhas composições lançando de forma gradual e fazer uma compilação. Também desejo fazer um grande show em comemoração aos meus 21 anos de carreira. Quero gravar fora do Brasil mais uma vez e buscar o mercado internacional. São várias coisas que eu procuro alimentar, além de estar sempre buscando novas maneiras de compor, novos estilos. Então acho que a gente está sempre se desafiando.
Você se acha um mulherão? 
Ser um mulherão é ser forte, ser consciente de você, das suas virtudes, dos seus talentos e do quanto você é uma pessoa importante para você e para os outros. Não se vitimizar. Ser um mulherão é gostar de você, é estar perto de alguém que você ama e sempre ser um porto seguro, se fortalecer e não se mostrar o tempo todo forte. Todo mundo fraqueja, então, ser um mulherão também é reconhecer que você precisa em determinado momento de um abraço, de um carinho e de uma palavra amiga. Se colocar em um lugar de que não precisa de nada e de ninguém, isso é falso. O ser humano precisa viver em comunidade e junto. É sempre uma via de mão dupla. É assim que funciona. Reconhecer que o outro é muito importante para você, tanto quanto você é importante para o outro.