A influencer Aline Ferreira, de 33 anos, morreu após fazer um procedimento com PMMA Reprodução
O PMMA é um produto que foi autorizado pela Anvisa para a correção de lipodistrofia (alteração na quantidade de gordura da face), provocada pelo uso de antirretrovirais em pacientes aids. Na década de 90, esses esses pacientes eram muito discriminados pelo rosto extremamente emagrecido. Não existia ácido hialurônico e o PMMA era usado em pequenas quantidades para esses pacientes. Por serem imunossuprimidos a chance do corpo gerar uma reação altamente inflamatória é mais baixa. E a Anvisa recomenda o uso em baixas quantidades.
Não se aconselha o uso do produto em nenhum tipo de procedimento, por não saber como o corpo vai reagir. O PMMA é um polímero de polimetilmetacrilato derivado do plástico. Seu uso pode gerar sérias complicações imediatas ou tardias. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) não recomenda o uso de PMMA para fins estéticos, por conta do risco de complicações graves como: necroses, cegueiras, embolias, casos que podem levar à morte. A longo prazo, o PMMA pode causar danos no corpo de difícil reparação.
As dicas são: sempre se informar sobre o que está sendo injetado no seu corpo e se o profissional é habilitado para fazer o procedimento e a trabalhar com injetáveis. Hoje em dia é muito fácil pesquisar o nome do profissional. Pesquise o nome, o registro e se ele tem habilitação em estética
Além disso, não acreditar em um preço muito abaixo do mercado. O PMMA é muito barato e muitas vezes é vendido ao paciente como ácido hialurônico. Desconfie de preços muito baixos. Em alguns casos, o produto vem até misturado no ácido hialurônico para reduzir o preço.
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