Atriz Renata Brás está em turnê pelo Brasil com seu monólogo A Ciumenta Divulgação
Quando eu tinha 3 anos minha mãe me colocou no ballet e nunca mais parei. Acho que nasci artista (risos). Eu tive uma carreira de bailarina em festivais de dança importantes, dancei em programas de TV, por 10 anos fui bailarina do Gugu e também bailarina em shows de cantores famosos. Depois de um tempo percebi que só dançar não me preenchia totalmente e fui estudar artes cênicas e fazer aulas de canto.
Fui traída algumas vezes, em dois relacionamentos distintos. Eu conto de um episódio na peça, em que foi muito dolorido ser traída pelo meu namorado com uma amiga. No outro relacionamento fui traída pelo meu namorado que era ator também e me traiu com uma colega de elenco de um musical que fazíamos. Tudo foi muito dolorido e muita terapia pra superar. Fazer esse monólogo está sendo incrível, lidar com esse tema conseguindo fazer humor, mas também trazer reflexão. Afinal, como diria Rita Lee: “Barraco de ciúme é bom e engraçado quando não é com você”.
Eu nunca busquei fazer uma personagem ciumenta ou algo relacionado ao ciúme, até porque é algo que iria mexer muito com as minhas feridas, mas quando o Carlos Alberto de Nóbrega me fez o convite da personagem para fazer A Ciumenta, pensei por que não ressignificar isso em minha vida? O Ciúmes é um monstro que está guardado, adormecido dentro de mim, basta um gatilho, eu não posso me envolver com quem mexe com as minhas sombras. E o recado que deixo para as mulheres é: Não adianta querer controlar tudo, porque não temos o controle, olhar mais para si e menos para o outro.
Sim, eu me acho um mulherão, apesar de ter apenas 1,63 m (risos). Mulherão para mim não é o fato de ser bonita, gostosa. Mas sim, ser uma mulher independente, que corre atrás dos seus objetivos e não desiste nunca, sou obstinada. O recado que deixo para todas as mulheres é não depender de ninguém, não há nada mais gratificante que conquistar as suas coisas com mérito próprio, isso sim para mim é ser um mulherão.
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