A atriz Elaine Mickely revelou que precisou passar por uma histerectomia, a cirurgia de retirada de útero Reprodução
Histerectomia: conheça o procedimento que devolveu qualidade de vida à atriz Elaine Mickely
Cirurgia é indicada para o tratamento definitivo de algumas doenças no útero
Olá, meninas!
Recentemente, a atriz Elaine Mickely compartilhou com seus seguidores nas redes sociais informações sobre a histerectomia, ou seja, a cirurgia de retirada de útero a que se submeteu. Elaine descobriu um mioma, alguns cistos e estava com o útero aumentado. Para saber mais sobre o assunto e descobrir em quais casos esse procedimento é indicado, conversamos com o chefe do serviço de Ginecologia do Hospital São Vicente de Paulo (RJ), Claudio Crispi Jr. Ele explicou tudo sobre o assunto!
O ginecologista explica que os sintomas da artista são indicativos para a realização da cirurgia. “A cirurgia para a retirada do útero é indicada para o tratamento definitivo de sangramento uterino anormal e doenças uterinas, como mioma, adenomiose e as doenças endometriais. A histerectomia é hoje uma das cirurgias mais realizadas no mundo e é indicada quando há uma falha nos tratamentos conservadores para essas doenças”, explica ele.
O procedimento pode ser feita por diferentes formas. "Pode ser pela via convencional, que é uma cirurgia de barriga aberta, tipo uma cesariana. Essa técnica tem caído em desuso por ser mais invasiva e com maior índice de complicações e exigir maior tempo de internação. Hoje, ela praticamente só é indicada em casos de úteros muito volumosos”, afirma. As opções mais utilizadas são as técnicas minimamente invasivas, como a chamada laparoscopia ou videocirurgia, que pode ser convencional ou assistida por robótica. “Dependendo do caso, o cirurgião pode ainda utilizar a via vaginal, também considerada minimamente invasiva e que permite que o útero seja retirado sem incisões na pele”, ensina ele.
Funciona mesmo?
Os índices de satisfação das pacientes com cirurgias de retirada de útero se aproximam de 98%. “São mulheres que estavam convivendo com dor, sangramento aumentado e anemia. Outras podem ter o útero muito volumoso, o que pode impactar na sua qualidade de vida do ponto de vista intestinal e urinário, com dificuldade de evacuação e de micção. A cirurgia resolve estes problemas de forma definitiva. Mas é importante destacar que se trata de um procedimento radical, de retirada de um órgão que só deve ser realizado caso haja indicação real e depois que outros tratamentos não tenham tido o efeito desejado”, observa.
As mulheres ainda têm muitas dúvidas sobre o assunto. Por isso, o especialista destaca que é muito importante esclarecer alguns mitos. “É comum as pessoas acharem que a retirada do útero vai provocar o prolapso ou queda da bexiga ou do intestino. Isso não acontece porque há um remodelamento da estrutura dos órgãos pélvicos, que se adaptam naquele espaço onde não existe mais o útero. E sim, por diversos outros fatores. Além disso, mesmo retirando o útero, você mantém ainda alguns dos ligamentos que sustentavam o órgão na pelve”, diz.
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