Autismo e alimentação: como lidar com as dificuldades? Reprodução

Olá, meninas!
A alimentação é uma atividade natural e muitas vezes prazerosa e lúdica para muitas crianças. Mas em algumas famílias isso pode se tornar um desafio quando se trata de crianças autistas. A seletividade alimentar, comum entre esses pequenos, envolve aspectos sensoriais como texturas, sabores, cheiros e cores dos alimentos, que podem ser altamente desagradáveis para muitos autistas. Essa hipersensibilidade transforma o momento da refeição em uma experiência estressante.
A rotina é fundamental para o conforto dessas crianças, o que significa que alterações como novos alimentos, talheres ou até mesmo mudanças no horário e local das refeições podem ser perturbadoras.
Mas como os pais e mães podem lidar com esse problema? Conversamos com a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto. Ela destacou informações importantes que podem ajudar as famílias nessa batalha e auxiliar com uma alimentação mais tranquila e eficiente. Confiram as dicas!
“É essencial que os pais e cuidadores investiguem as causas da seletividade alimentar de forma individualizada. Compreender os múltiplos fatores envolvidos permite a criação de estratégias específicas que podem ajudar a melhorar a alimentação de crianças autistas, promovendo uma relação mais positiva e saudável com a comida”, explica Bárbara.
Abaixo, a neuropsicóloga sugere dicas para melhorar a aceitação de alguns alimentos:
- Introduza novos alimentos gradualmente: comece com pequenas porções misturadas aos alimentos que a criança já aceita. A exposição repetida pode ajudar na aceitação.
- Mantenha uma rotina alimentar consistente: estabeleça horários regulares e um ambiente de refeição previsível, mantendo local, talheres e disposição dos alimentos constantes.
- Use reforços positivos: recompense a criança com elogios ou atividades favoritas ao experimentar novos alimentos, celebrando cada pequeno sucesso.
- Adapte texturas e sabores: modifique a forma de preparo dos alimentos, como transformar vegetais em purê ou assar frutas, para torná-los mais aceitáveis. Utilize temperos familiares para introduzir novos alimentos.
- Envolva a criança na preparação das refeições: permita que a criança ajude a escolher ingredientes e a preparar pratos simples, aumentando seu interesse pelos alimentos.
- Considere suporte profissional: terapia ocupacional e acompanhamento nutricional podem auxiliar em dificuldades sensoriais e motoras, além de ajudar na criação de um plano alimentar personalizado.
- Crie um ambiente relaxado durante as refeições: evite pressionar a criança a comer e permita que ela coma no seu próprio ritmo, tornando a experiência mais agradável e menos estressante.
Gostaram das dicas? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h40. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.