Conheça os riscos e benefícios das dietas da modaReprodução
Especialmente no campo da alimentação, a decisão por seguir uma ou outra dieta deve ser fruto de uma avaliação com nutricionista, levando em conta a rotina, condições de saúde e objetivos de cada indivíduo. O que vale para um não vale para o outro, alerta a nutricionista Larissa Lins, gerente de Nutrição do Grupo Amil.
Entre as dietas consideradas “da moda”, o jejum intermitente requer atenção, sendo uma estratégia contraindicada para crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas. A nutricionista explica que realizar grandes intervalos de tempo entre as refeições auxilia na perda de peso porque o organismo utiliza o que já tem armazenado nas células para uso de energia. “A estratégia pode melhorar a sensibilidade à insulina, que contribui para o controle da glicemia. Água, chá e café sem açúcar não quebram o jejum”.
Baseada nos alimentos tradicionais dos países ao redor do Mar Mediterrâneo, como Grécia, Espanha e Itália, a dieta mediterrânea consiste no consumo de alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas, como azeites, grãos, fibras, peixes, legumes, frutas e verduras. “São alimentos que quando incorporados à dieta a longo prazo, reduzem o risco de doenças cardiovasculares, propiciam o controle da diabetes e a redução do colesterol, favorecendo uma vida mais longeva”, explica Larissa.
O tempo que cada um leva para obter resultados a partir dessa dieta vai depender do estilo de vida e da prática de atividade física. Mas, segundo a nutricionista, normalmente, entre quatro a 12 semanas já é possível perceber redução de peso e ganho de saúde. A dieta mediterrânea prevê ainda a substituição do sal no tempero dos alimentos por ervas e especiarias, deixando totalmente de lado os alimentos industrializados.
Outras dietas mais restritivas exigem maior cuidado, como as dietas cetogênica, low carb e zero glúten. A cetogênica reduz bastante a ingestão de carboidratos (podendo chegar a, no máximo, 50g por dia), aumentando o consumo de proteínas e gorduras mono e poli-insaturadas. A dieta estimula a cetose, um processo metabólico que acontece no corpo quando os níveis de glicose, nossa principal fonte de energia, estão baixos. Assim, o organismo passa a utilizar a gordura do corpo como combustível.
“A dieta cetogênica é indicada quando o indivíduo possui um problema metabólico ou neurológico, após recomendação médica. Para as pessoas em geral, o mais adequado é a dieta low carb, em que se reduz o carboidrato, mas de forma menos radical, com ingestão de até 150 ou 200g por dia. É uma dieta mais amigável em que é possível fazer substituição de alimentos com mais facilidade, não comprometendo tanto a rotina e vida social”.
A especialista destaca ainda que as duas dietas, cetogênica e low carb, não são indicadas para quem pratica atividade física frequente e com alta performance, por ser o carboidrato fonte de energia para o organismo. Por isso, é fundamental o acompanhamento com nutricionista, que vai determinar a dieta mais adequada à rotina e estilo de vida da pessoa.
Em relação ao glúten, que muitos tentam reduzir ou tirar do cardápio, Larissa lembra que esta proteína, presente em cereais como o trigo, o centeio e a cevada, só é inflamatória para as pessoas que têm a doença celíaca, caracterizada pela intolerância e dificuldade de absorção do glúten.
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