Farmacêutica tira todas as dúvidas sobre dermocosméticos Reprodução

Olá, meninas!
O Brasil é líder de vendas de dermocosméticos em farmácias. Uma pesquisa realizada pela MindMiners mostrou que 76% dos brasileiros utilizam algum produto de cuidado com a pele. Esse percentual é muito maior entre as mulheres. Muitas afirmam usar os produtos por conta da preocupação com os efeitos do envelhecimento.
Os dermocosméticos são produtos que contém ativos farmacológicos usados no cuidado da pele, tanto para fins estéticos quanto para tratar alguns problemas na pele. Eles podem ajudar no tratamento do envelhecimento, redução de flacidez e até contra manchas na pele e cicatrizes. Mas ainda existem muitas dúvidas sobre esses produtos. Para saber mais sobre o assunto, conversamos com Paula Molari Abdo, farmacêutica da Formularium e membro Associação Brasileira de Cosmetologia. Confiram!

O que torna os dermocosméticos tão atrativos? “Os dermocosméticos são elaborados a partir da combinação de determinados ativos farmacológicos. Por atuar nas camadas mais profundas da pele e modular seu ciclo de renovação celular, são indicados em tratamentos dermatológicos para prevenir ou atenuar sinais de envelhecimento da pele, como rugas, manchas e flacidez”, explica Paula.
Entretanto, é importante compreender as principais ações de cada ativo farmacológico:
Ácido retinóico ou retinol: é uma molécula derivada da vitamina A que possui uma ação direta sobre receptores na pele, causando uma compactação da camada mais superficial da pele e modulando o ciclo de renovação celular. Isso faz com que a pele fique mais firme, uniforme e viçosa. “O uso do ácido requer muito cuidado, já que a substância é extremamente forte, podendo causar desde alergia até queimaduras graves”, alerta.

Ácido glicólico: esse derivado da cana de açúcar pertence ao grupo dos alfahidroxiácidos, possui uma ação esfoliante sobre a pele, minimizando as rugas menos visíveis. Pode ser usado em concentrações baixas nos dermocosméticos ou altas, em consultórios, na forma de peeling.

Vitamina E: a vitamina lipossolúvel possui uma excelente ação hidratante e antioxidante sobre a pele, fazendo parte de vários séruns e cremes.

Vitamina A: possui os mesmos efeitos dos retinóis, porém, precisa ser usada em concentrações muito maiores para alcançar os efeitos do ácido retinóico. Possui um papel importante no tratamento da acne: muitas vezes, é prescrita até mesmo via oral para auxiliar no tratamento desta patologia.

Colágeno: essa macromolécula é parte importante e fundamental do tecido que preenche nossa pele, porém, seu uso em cosméticos não é tão eficaz como se pensa, já que a pele não consegue absorve-la.

Ácido hialurônico: a molécula tem uma compatibilidade grande com a água, daí seu efeito preenchedor. É comum sua presença nos cosméticos, mas, para resultados eficazes, é preciso orientação de um especialista quanto ao uso. “Caso contrário, o produto poderá ter apenas efeito hidratante".
O que diferencia os dermocosméticos dos cosméticos comuns? Os cosméticos comuns contêm uma menor concentração de ativos farmacológicos, agindo apenas nas camadas superficiais da pele e proporcionando melhorias temporárias.
Como identificar os dermocosméticos nas lojas? Segundo a especialista, é importante verificar se o produto foi submetido a testes clínicos, informação geralmente presente na embalagem. Além disso, a formulação deve conter ativos farmacológicos, como vitaminas e extratos, disponíveis em formatos como cremes, séruns, máscaras faciais e géis.
Quem não deve usar dermocosméticos? Pessoas com sensibilidade ao retinol podem apresentar vermelhidão e irritação após a aplicação. “Indivíduos com rosácea, uma doença cutânea caracterizada por vermelhidão e sensibilidade, possuem pele altamente reativa e não devem utilizar ácidos mais potentes, pois estes podem agravar o quadro”.
Gostaram das dicas? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h40. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.