Grupo estava em um carro que havia sido roubado no início da semana Divulgação / Polícia Rodoviária Federal
O levantamento é feito com base nos dados obtidos no Instituto de Segurança Pública (ISP) e, considerando o valor médio das cargas roubadas, o prejuízo direto é na ordem de R$ 283 milhões. Há também os custos indiretos como a contratação de segurança privada e seguros, que, em muitos casos, superam a perda direta.
A integração entre as forças de segurança federais e estadual foi fundamental no enfrentamento de todo elo criminoso que sustenta o roubo de cargas.
Concentração das ocorrências
Na análise, a federação cita também que em 2023 o roubo de carga no estado do Rio teve uma ocorrência altamente concentrada. No ano passado, cerca de 97% dos casos registrados foram na Região Metropolitana. Além disso, mais da metade dos casos ocorreu em oito das 137 Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISP) fluminenses.
As oito CISP são Duque de Caxias (356 ocorrências), Campos Elyseos (355), São João de Meriti (234), Bonsucesso (213), Belford Roxo (165), Brás de Pina (133), Bangu (123) e Penha (110). Essas regiões são cortadas pelas principais rodovias do Rio de Janeiro: BR-040, Washington Luís; BR-101, Avenida Brasil; BR-116, Presidente Dutra; e BR-493, Arco Metropolitano. Mesmo com a redução no estado, as CISP situadas no entorno do Arco Metropolitano apresentam um aumento de 4% nos roubos de carga em 2023.
Grupo de Trabalho
Desde fevereiro de 2023, a Firjan Caxias e Região atua com o Grupo de Trabalho voltado para debater iniciativas que contribuam para coibir o roubo de cargas no estado do Rio. A iniciativa, que segue ativa em 2024, visa aproximar entidades relacionadas para que pensem em alternativas para fortalecer o enfrentamento a esse tipo de delito.
“A partir do trabalho integrado entre empresas, órgãos de segurança do estado e secretarias municipais de segurança tem sido possível identificar as maiores demandas e fragilidades das regiões afetadas, especialmente em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os índices ainda são relevantes de forma geral. Vamos seguir com essa atuação constante para que possamos contribuir com as ações de enfrentamento a esse tipo de crime e melhorar as condições de manutenção e atração de novas empresas para a região”, destacou o presidente da Firjan Caxias e Região, Roberto Leverone.
Ao longo do ano passado, o Grupo de Trabalho contou com a participação de representantes das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, além de empresários associados à federação e entidades como a ANTT, Detran-RJ, Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense (CISPBAF), Ministério Público do estado do Rio e Secretaria de Segurança de Duque de Caxias
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