Duque de Caxias - Os Jogos Olímpicos começaram em Paris e, paralelamente, uma escola municipal de Duque de Caxias tem mostrado o quanto o esporte é transformador e inclusivo. Trata-se da parceria firmada entre a Secretaria Municipal de Educação e o Instituto Incluir para promover acesso de alunos com deficiência aos espaços sociais por meio de oficinas esportivas paralímpicas, no contraturno escolar.
O lançamento do projeto intitulado Brasil Diversidade – Novos valores II aconteceu no dia 08 de julho, na Escola Municipal Santo Agostinho, em Xerém, onde ficará durante 12 meses, podendo ser prorrogado. A expectativa é, ainda, ampliá-lo para outras unidades. A iniciativa conta com incentivos da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e aprovação na Lei Federal de Incentivo ao Esporte.
“Os alunos são protagonistas de qualquer projeto que a SME venha desenvolver. E quando a gente encontra profissionais que pensam na inclusão é ainda mais gratificante para nós. É um projeto que já deu certo”, destacou a subsecretária Pedagógica, Arlene Cavalini, acompanhada da diretora do Departamento de Programas e Projetos Educacionais da SME, Ariana Rabelo.
“Estamos gerando oportunidade para que todos, independente da deficiência, possam ser de fato incluídos não só nas atividades esportivas e culturais, mas também na sociedade. Poder trazer o Instituto Incluir para a cidade de Duque de Caxias, para essa escola, é um grande orgulho para nós. Por meio do Instituto, a gente ainda trouxe o projeto Literatura Acessível, que alcançou outras escolas da rede”, disse a secretária de Cultura do Estado, Danielle Barros.
O projeto Brasil Diversidade oferece oficinas, três vezes por semana, de duas modalidades paralímpicas: Bocha adaptada e Parabadminton. Ao todo, estão sendo beneficiados 50 alunos com diferentes tipos de deficiência. Além da atividade física adaptada, o projeto oferece atendimento nutricional, assistência social, acompanhamento psicológico e atenção às famílias de cada participante, com distribuição mensal de cesta básica.
“Eu e o meu neto estamos muito felizes com essa oportunidade. É muito difícil encontrar por aqui um esporte adaptado para ele, que é cadeirante. Tenho certeza que ele terá um excelente desempenho. Só tenho a agradecer”, comemorou Marilda Silva, que é avó do aluno Carlos Eduardo da Silva, de 9 anos. Para a gestora de Projetos e Parcerias do Instituto Incluir, Camila Freitas, o diferencial do projeto é prestar assistência de forma mais ampla.
“A gente visa fazer a diferença na vida dessas crianças e suas famílias. Vamos detectar talentos não só para o esporte, mas também para a vida. Temos uma equipe de profissionais multidisciplinar que, além de ensinar as modalidades paralímpicas, vão prestar atendimentos sociais e de saúde para os alunos e seus familiares”, explicou.
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