Ministro da Fazenda, Fernando HaddadWilson Dias/Agência Brasil
Para Haddad, de nada adianta enviar projeto ao Legislativo que não tenha sido conversado antes com a sociedade. "Chega ruim no Congresso. Em vez de ajudar o País, atrapalha. Vira um Frankenstein, não vale a pena, argumentou.
O ministro falou com jornalistas ao deixar o seminário "Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil", realizado pelo Esfera Brasil e MBCBrasil, em Brasília.
Haddad voltou a elogiar o secretário Bernard Appy, dizendo que o profissional tem sido muito técnico e cauteloso nas propostas. "Ele expõe para a equipe, depois expõe na Casa Civil para o presidente. Tenho certeza que o Congresso vai preferir receber, algumas semanas depois, um projeto bom, do que receber uma coisa que ele vai ter que arrumar depois."
Regulamentação da reforma tributária
Sobre a regulamentação da reforma tributária, o ministro da Fazenda disse que ela precisa ser aprovada pelo Congresso até o ano que vem e afirmou acreditar que haja tempo para uma votação na Câmara ainda neste ano.
De acordo com Haddad, durante as eleições, não haverá tempo para fazer audiências públicas, mas será possível adiantar alguns pontos. "Isso vai depender muito da habilidade do relator e acredito que, na Câmara, pelo menos, haja tempo para votar."
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