Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE)vJosé Cruz/Agência Brasil

Brasília - O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), voltou a fazer críticas aos agentes do mercado financeiro e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não trabalha para satisfazer a "ganância" do setor. Segundo o petista, o mercado não gosta do chefe do Executivo federal, mas o Brasil sim.
"O presidente Lula não trabalha para satisfazer a ganância do mercado. Trabalha em defesa das necessidades do povo brasileiro", escreveu Guimarães neste domingo, 8, em seu perfil no X, antigo Twitter.
Na publicação, o líder citou a pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 4, sobre o que pensa o mercado financeiro em relação ao governo Lula 3. De acordo com levantamento, a reprovação do presidente subiu de 64% para 90% desde a pesquisa anterior, feita em março. Voltou assim à marca do início do mandato, quando nove a cada dez profissionais de fundos de investimento também tinham uma avaliação negativa do governo.
"O governo anterior furou o teto de gastos em R$ 795 bilhões e não deixou o mercado de especulação com mau humor, nem o mercado fez pesquisa Quaest para ver se as pessoas mais ricas da sociedade gostavam ou não do Bolsonaro", comentou Guimarães.
"O mercado não gosta do Presidente Lula. Não suporta o PIB beirando 3,5%; a taxa de desemprego em 6,2%; o menor nível de redução da pobreza da nossa história; a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; o Brasil sendo o 2º país que mais recebe investimentos externos no mundo. Mas o Brasil gosta", finalizou a publicação.
Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o líder afirmou, durante reunião do diretório nacional do PT em Brasília que ocorreu no sábado, 7, que o pacote fiscal deve sofrer alterações em sua tramitação e disse que os trechos sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) será reformulado. Além disso, declarou que o dispositivo sobre o reajuste do salário mínimo também será revisto. Na sequência, Guimarães também reivindicou que os petistas defendam a ampliação da isenção do Imposto de Renda.