Profissionais com idade acima de 42 anos se sentem discriminados pelos mais jovens no ambiente de trabalhoDivulgação PMN

O ambiente de trabalho é composto por pessoas com visões, valores e idades diferentes. Logo, o conflito de gerações em meio a pluralidade não é novidade, no entanto, com o passar do tempo, vem se tornando mais evidente. Uma pesquisa exclusiva do Infojobs, empresa que desenvolve soluções de tecnologia para RH, mostrou que 57% dos profissionais da geração X (nascidos entre meados da década de 1960 até 1979) passaram por algum episódio de preconceito devido à sua idade. O estudo também mostrou que 66% dos entrevistados sentem que os mais novos duvidam de sua capacidade.
Os profissionais da geração Y (nascidos entre 1980 e 1989) e Z (nascidos entre 1990 e 2010) também já se sentiram prejudicados por pessoas com mais idade, 73% dos participantes do grupo sentem que são subestimados por serem mais novos. Falando especificamente da geração X, 76% dos profissionais da geração Y ou Z acreditam que esse grupo possui resistência aos seus posicionamentos.

Para 80% dos participantes, os conflitos de gerações são normais no mercado de trabalho e 62% já precisaram lidar com situações do gênero. Na opinião dos entrevistados, diferentes posicionamentos e posturas no ambiente de trabalho são os principais motivos para acontecer os conflitos, com 37% das respostas cada, seguido por formas de falar, com 17%.

Embora os conflitos existam, 82% enxergam que as possibilidades de desenvolvimento ao conhecer coisas novas ganham destaque ao conviver com diferentes gerações.

O estudo teve a participação de 1222 profissionais, entre homens e mulheres, no qual 55% (699 pessoas) fazem parte da geração X, 36% da geração Y e 9% da geração Z.

Como lidar com o conflito de gerações

Mesmo que 52% dos participantes não acredite que lidar com o conflito de gerações seja de responsabilidade do RH da empresa, é de suma importância que a pauta seja trabalhada internamente.

De acordo com a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado, o primeiro passo é ter diálogo aberto, claro e assertivo com toda a equipe. Todos os colaboradores devem se sentir livres para se posicionar e trocar ideias, e assim contribuir diretamente para entregar melhores resultados.
“As lideranças devem analisar os pontos fortes e fracos de cada geração para extrair o máximo delas. Também é fundamental combinar as diferenças de forma estratégica para realizar a melhor distribuição de tarefas, pensando inclusive em práticas de mentoria reversa. Isso vai manter os colaboradores engajados e a produtividade em dia”, disse a executiva.

Prado ainda reforça a necessidade de estimular a convivência através de treinamentos coletivos, eventos de capacitação e até momentos de descontração. “Isso promoverá uma troca de conhecimentos, super importante para pessoas de todas as idades”, pontua.