Brasília - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou uma resposta firme das instituições às manifestações de bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições que pedem intervenção militar. "Não dá para achar que é normal pessoas estarem na frente dos quartéis elevando o tom. Instituições têm que olhar de maneira firme e não deixar movimento se alastrar", afirmou.
Gleisi falou nesta terça-feira, 8, com a imprensa depois de se reunir com o presidente do MDB, Baleia Rossi.
Ela afirmou que fará nesta semana uma reunião com os partidos aliados para discutir a situação política do país e que as agremiações políticas poderão ser ouvidas pelas Forças Armadas e o Judiciário. "Os partidos podem dar uma resposta dura, se posicionar como instituição", afirmou.
Gleisi avaliou que o Tribunal Superior Eleitoral foi firme no processo eleitoral e disse esperar que o Judiciário seja "muito firme" agora com as manifestações que ainda ocorrem. "Perdedor tem direito de espernear, mas não de chamar golpe ou desestabilizar País", acrescentou.
Segundo a presidente, ainda não há encontro marcado com as Forças Armadas para discutir o tema. Nesta terça-feira, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva chega a Brasília para uma série de reuniões marcadas para a quarta-feira, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula deve retornar a São Paulo na quinta-feira.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.