Rio - Com o objetivo de "prevenir práticas assistencialistas", a fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) lacrou o Centro Cultural Anthony Garotinho, no município de Campos. O nome do candidato do PR também foi coberto pelos fiscais na fachada do prédio.
A determinação de fechar o local partiu da juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, que decretou que o centro fosse lacrado depois de receber uma denúncia anônima de que, durante propaganda eleitoral no rádio, no dia 20 de agosto, uma mulher agradecia o enxoval doado pelo candidato. Garotinho também foi notificado para retirar referências de seu nome do local, mas descumpriu a ordem.
Caso seja comprovado que a distribuição de enxovais seguiu após o registro da candidatura, Garotinho pode, em tese, responder a ação por compra de voto.
No dia 12 de agosto, fiscais do TRE-RJ apreenderam no mesmo centro cultural cem fraldas e grande quantidade de material de propaganda, como adesivos, jornais, cartões postais e calendários, solicitações para tratamento de saúde à prefeitura de Campos, cadastro de gestantes e guias de encaminhamento assinadas pela assistente social do município, Samara Soares Rodrigues, ao centro para recebimento de enxovais.
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O relatório da operação será enviado ao Ministério Público Eleitoral, para que o orgão ajuize as ações cabíveis.
A assessoria do candidato disse que Garotinho irá recorrer da decisão e a coligação que inclui o PR informou que não há irregularidades no centro cultural.