Ana Moser, ministra do Esporte no novo governo Lula, lamentou a morte de PeléDivulgação

São Paulo - Medalhista olímpica de vôlei e futura ministra do Esporte do governo de Luis Inácio Lula da Silva, Ana Moser se manifestou sobre a morte de Pelé.
"Ah, o Pelé é Brasil, né? Pelé é sinônimo de Brasil. É muito maior do que futebol. É o futebol porque foi o que ele, a maneira como ele expressou a arte, a força dele e tudo. É futebol porque o Brasil é muito conhecido pelo futebol. Mas é muito além. É a condição de qualidade, a condição de produzir o nível de jogo do futebol que ele foi capaz. E, assim, representar a condição de um povo. Então, é um reinado de décadas, é uma coisa muito única. E é pro Brasil, mas é muito para fora também. Então, assim é um monumento, é algo que é eterno. Ele se vai agora depois de uma vida tão longa e tão importante, mas toda essa imagem fica", disse, antes de completar:
 
 
"É eterno. Pelé é eterno. O legado dele é eterno. E nós brasileiros aqui e nós aqui da pasta de Esporte, é uma responsabilidade maior ainda de manter essa essa qualidade, de manter essa simbologia presente, viva. Vamos nos inspirar nessa força, nessa qualidade, nessa imagem maravilhosa que passava para fora. E fazer, dar valor a esse legado e continuidade a isso", comentou.
Ana Moser ainda destacou que nunca existirá nenhum atleta com tanta importância quanto o Rei do Futebol.
"Acho impossível ter alguém de novo como ele, né? Eu estava falando de um atleta que teve o ápice na década de setenta e está vivo tão forte até hoje. Como é que se reproduz isso novamente? Muito difícil. Então Pelé é eterno", finalizou.
LULA SE PRONUNCIA
Presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva também se manifestou nas redes sociais sobre a morte de Pelé, destacando os grandes feitos do Rei do Futebol em sua carreira.
"Eu tive o privilégio que os brasileiros mais jovens não tiveram: eu vi o Pelé jogar, ao vivo, no Pacaembu e Morumbi. Jogar, não. Eu vi o Pelé dar show. Porque quando pegava na bola ele sempre fazia algo especial, que muitas vezes acabava em gol. Confesso que tinha raiva do Pelé, porque ele sempre massacrava o meu Corinthians. Mas, antes de tudo, eu o admirava. E a raiva logo deu lugar à paixão de vê-lo jogar com a camisa 10 da Seleção Brasileira", publicou, antes de completar:
"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: "Pelé". Pelé nos deixou hoje. Foi fazer tabelinha no céu com Coutinho, seu grande parceiro no Santos. Tem agora a companhia de tantos craques eternos: Didi, Garrincha, Nilton Santos, Sócrates, Maradona... Deixou uma certeza: nunca houve um camisa 10 como ele. Obrigado, Pelé", publicou o futuro presidente da República.
COMPLICAÇÕES NA SAÚDE DO REI
Pelé lutava contra um câncer no intestino diagnosticado em 2021. O ex-jogador já foi submetido à cirurgia, mas teve diagnosticadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado no início deste ano.
No dia 29 de novembro, o Rei foi internado no Hospital Albert Einstein. Posteriormente, no dia 3 de dezembro, o jornal "Folha de S. Paulo" informou que o ex-jogador não está mais respondendo ao tratamento de quimioterapia, e, com isso, estaria recebendo apenas tratamentos paliativos para gerenciamento da dor e outros desconfortos.
Na semana passada, o boletim médico do Hospital informou que Pelé apresentava "progressão da doença oncológica" e que ele requeria "maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca". Veja abaixo:
"Internado desde 29 de novembro para uma reavaliação da terapia quimioterápica para tumor de cólon e tratamento de uma infecção respiratória, Edson Arantes do Nascimento apresenta progressão da doença oncológica e requer maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca. O paciente segue internado em quarto comum, sob os cuidados necessários da equipe médica", diz o boletim do dia 21 de dezembro.
Nesta quinta-feira, foi confirmada a morte do Rei. Em nota, o hospital informou que a morte foi "em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia".