Daniel Alves vai ficar preso preventivamente até o final do processo judicial por estuproReprodução / Instagram
Mulher que acusa Daniel Alves de estupro rejeita psicólogo contratado pela defesa do jogador
Advogada da jovem entrou com recurso para reverter decisão do juiz, que permitiu a perícia
Espanha - A jovem que acusa Daniel Alves de estupro entrou com recurso na Justiça espanhola recusando a passagem por um psicólogo particular, como foi proposto pela defesa do brasileiro para determinar se sua versão condiz com os sintomas de uma agressão sexual. As informações são da "Agência EFE".
A advogada da suposta vítima, Esther García, tenta reverter a decisão do juiz do caso, que permitiu a perícia proposta pelo advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell. Ele concordou que a mulher fosse examinada por um perito forense independente do Instituto de Medicina Legal e Ciência Forenses e por um psicólogo contratado pelo jogador. García, por sua vez, considera que a exploração realizada pelo legista é suficiente. Ao lado da acusação, a Promotoria também é contrária à decisão do chefe do tribunal de Barcelona.
O exame psicológico da vítima, por enquanto, segue suspenso até o juiz julgar os recursos apresentados. Martell pretende aprofundar sua tese de que a denúncia da jovem sofre de uma "distorção narrativa", e que pediu a perícia da Justiça, assim como também, a gravação em vídeo do exame.
O Ministério Público e os representantes da mulher foram contrários à gravação do exame psicológico, considerando como "insólito" na esfera criminal.
Entenda o caso
Preso preventivamente na Espanha por agressão sexual desde o dia 20 de janeiro, Daniel Alves é acusado de estupro por uma mulher de 23 anos, na boate Sutton, em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022. O jogador primeiro negou em um vídeo que houve relação sexual no encontro, depois, em depoimento, disse que não teve contado algum com ela e, depois, admitiu que houve sexo consensual.
Ele teve a prisão preventiva mantida até o fim de julgamento, que ainda não tem data marcada, mas deve ser no fim de 2023. Segundo a imprensa espanhola, o Ministério Público o acusa de "agressão sexual com penetração", cuja pena pode chegar de quatro a 12 anos de reclusão.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.