Wallace voltou a jogar pelo Cruzeiro na final da Superliga, três meses após polêmico postDivulgação / Sada Cruzeiro
CBV entra na Justiça Comum contra o COB para reverter punição
Entidade fez pedido de tutela antecipada e tenta recuperar verba retida
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) entrou com uma ação na Justiça Comum contra o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB). A ação busca reverter a punição de retenção de verbas por causa da liminar que liberou o oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, a atuar na final da Superliga.
A ação será avaliada pela 5ª Vara Cível da Regional de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A CBV deu entrada na última terça-feira (9). Através da tutela antecipada, a entidade tenta garantir o retorno dos repasses financeiros, retidos pelo COB após a decisão do Conselho de Ética, antes do julgamento do caso.
Além disso, a CBV solicitou que seja decretada uma multa diária ao COB em caso de descumprimento. Em sua defesa, o Comitê Olímpico ressaltou que não existe efeito suspensivo em seu Código de Ética e, por isso, manterá a decisão do Conselho de Ética.
Entenda o caso
O oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, foi suspenso por 90 dias após responder uma enquete nas redes sociais se daria um tiro no rosto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso aconteceu em janeiro e o jogador chegou a ficar suspenso provisoriamente antes de receber a primeira suspensão.
A publicação chegou a ser alvo de repúdio do Governo Federal. O ministro da Secretaria da Comunicação do Governo, Paulo Pimenta, acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) que, então, solicitou ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil e à Confederação Brasileira de Vôlei a instauração de processos.
O período da suspensão de Wallace o impediria de disputar a final da Superliga. A defesa do jogador, então, entrou com uma ação Supremo Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei e conseguiu uma liminar que liberava o atleta para entrar em quadra. O Cruzeiro venceu o Minas e conquistou o título da temporada.
O Conselho de Ética do COB não aprovou a liminar e realizou uma nova reunião para definir outra suspensão ao atleta. A pena subiu de 90 dias para 5 anos. Além disso, o CECOB puniu a CBV com a perda dos repasses de verba por 6 meses, além de suspender o presidente em exercício Radamés Lattari por um ano.
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