Gabigol durante o clássico entre Flamengo e FluminenseMarcelo Cortes / Flamengo

Rio - O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, concordou com a atuação da equipe de arbitragem no lance do pisão de Gabigol em Ganso, na partida entre Fluminense e Flamengo, no último dia 16, no Maracanã, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Para o dirigente, o camisa 10 rubro-negro não merecia o cartão vermelho pelo lance, já que, segundo ele, foi um "acidente de trabalho".
"Por entendimento de jogo de futebol, se a gente olhar em princípio, o Gabriel tenta botar o pé do lado do jogador, e não na frente onde está o jogador. Quando ele puxa e coloca o pé do lado, coincidentemente a perna do Ganso foi para o mesmo lugar. E aí existe o impacto, existe o pisão", disse Seneme em vídeo publicado pela CBF.
"O Gabriel está em movimento. Se ele pudesse parar, a gente avaliaria isso também. Mas, como ele está em movimento, a gente tem que avaliar se ele alivia o peso do corpo quando ele passa de um lado para o outro ou se ele põe força no pé para caracterizar uma conduta violenta. No segundo seguinte, ele apoia o peso do corpo na ponta do pé. Ele pisou, mas, para mim, os elementos que demonstram essa ação demonstram totalmente um acidente de trabalho, nada de ação violenta para cartão vermelho", completou.
O lance aconteceu aos 20 minutos do segundo tempo, quando Gabigol se enrolou com Ganso e acabou pisando no meia tricolor. O árbitro Anderson Daronco marcou a falta, mas não puniu o atacante e o VAR também não recomendou a revisão, o que irritou o técnico Fernando Diniz.
"É muito mais fácil e menos interpretativo o VAR chamar por causa do pisão do Gabigol no Ganso que foi intencional. Pisou porque pisou, porque quis pisar", disse o treinador após a partida.