Rebeca Andrade e Flávia Saraiva fizeram dobradinha na trave no Pan de SantiagoMartin Bernetti/AFP
Rebeca Andrade e Flávia Saraiva fazem dobradinha no Pan com ouro e prata na trave
Brasileiras sobraram na prova e anotaram 14,166 e 14,033
Após ser campeã do salto e encerrar um jejum de 16 anos sem medalha de ouro para a ginástica feminina do Brasil em Jogos Pan-Americanos, Rebeca Andrade conquistou mais um primeiro lugar em sua última participação no Pan de Santiago, no Chile. A guarulhense de 24 anos conseguiu, nesta quarta-feira, a medalha de ouro na trave e ainda foi acompanhada no pódio por Flávia Saraiva, a Flavinha, dona da medalha de prata. O bronze ficou com a canadense Ava Stewart.
A disputa foi aberta com uma belíssima apresentação de Flavinha, que arrancou uma nota 14,033 dos jurados e se manteve na liderança até Rebeca Andrade subir na trave para se apresentar. Com uma apresentação ainda melhor que a da compatriota, a guarulhense assumiu a ponta ao anotar 14,166. Stewart, por sua vez, somou 13,900.
Rebeca competiu em seu primeiro Pan, três semanas depois de subir em todos pódios possíveis do Mundial de Ginástica da Antuérpia. Devido ao desgaste, foi poupada do solo e, por isso, não esteve na final do individual geral. Participou, contudo, da conquista da prata por equipes e subiu ao primeiro lugar do pódio do salto após um "cheng" impressionante.
"Eu estou muito feliz e orgulhosa, Depois de um mundial tão longo, conseguir fazer boas séries e apresentações, confiante e preparada. Foi um ótimo primeiro Pan, não tenho o que reclamar, não tenho o que fala. Me senti bem, me diverti. Desde o Mundial até aqui, eu estava feliz competindo, me sentindo bem. É isso que eu quero tirar das competições", afirmou.
Já Flávia Saraiva, que já havia disputado o Pan de Lima, em 2019, no qual conquistou três bronzes, vem acumulando medalhas em Santiago. Além da prata por equipes, foi prata também no individual geral e bronze nas barras assimétricas.
NORY É PRATA
A disputa da ginástica nesta quarta-feira começou com a final do salto masculino, aparelho em que o Brasil quase colocou dois nomes no pódio. No fim das contas, apenas Arthur Nory conseguiu medalha, ao terminar em segundo lugar, com 14,466, mesma pontuação do dominicano Audrys Nin Reys, que ficou com o ouro porque o critério de desempate do aparelho é a maior nota obtida nos dois saltos que formaram a média. O terceiro colocado foi Felix Dolci, do Canadá, com 14,383, e o brasileiro Yuri Guimarães ficou em quarto, ao anotar 14,133.
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