Pancadaria antes de Brasil e Argentina manchou clássico no MaracanãReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - A confusão na arquibancada do Maracanã entre a Polícia Militar e torcedores argentinos antes do início da partida entre Brasil e Argentina, nesta última terça-feira (21), pelas Eliminatórias, segue sendo motivo de polêmica. Após a CBF emitir um comunicado apontando falha na segurança, a PM, por meio do BEPE, ressaltou que a confederação brasileira contrariou as normas de jogos no Rio de Janeiro.
"A Polícia Militar, por meio do BEPE, só foi informada sobre o critério de vendas de ingressos e adoção de setores mistos, ou seja, sem a divisão de torcidas, em reunião realizada na última quinta-feira, 16 de novembro, dois dias depois do início da comercialização de ingressos. No dia 16, todos os ingressos já tinham sido vendidos", disse a Polícia Militar em nota oficial enviada ao "ge".
Houve uma reunião com representantes da Polícia Militar, Ministério Público, Consórcio Maracanã e da Ferj participaram de uma reunião na última quinta-feira (16), dois dias após o início das vendas dos ingressos, que esgotaram em poucas horas. Segundo a PM, a CBF informou que haveria setores mistos apenas na reunião, o que afetou o planejamento de segurança.
"A segurança das arquibancadas estava a cargo de uma empresa especializada contratada pela CBF. Seguindo protocolos próprios, coube à CBF a decisão de liberar a venda sem critério de cotas para torcedores dos dois países e, mais grave, de não delimitar espaços nos setores para cada torcida, uma prática utilizada com sucesso nas praças esportivas do Estado do Rio de Janeiro", completou a PM.
A confusão na arquibancada do Setor Sul atrasou o início da partida em quase 30 minutos. Os jogadores da Argentina chegaram a deixar o campo e foram para o vestiário. Cerca de 20 torcedores foram presos e dois encaminhados ao posto médico do Maracanã. Além disso, uma torcedora argentina foi presa preventivamente por racismo contra uma funcionária do estádio.