Velório de Washington Rodrigues, na sede do Clube de Regatas do Flamengo, na GáveaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Branco exalta Apolinho e revela sentimento de gratidão: 'Foi uma referência'
Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira (15), aos 87 anos
Rio - Um dos ícones do rádio brasileiro, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira (15), aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em sua despedida, o sentimento de gratidão e carinho foi a principal mensagem dos amigos e familiares.
O ex-jogador Branco, campeão do mundo em 1994, compareceu ao velório do comunicador. Ele lembrou com carinho do jeito irreverente e bem-humorado de Apolinho, e disse ser grato pela amizade que construíram ao longo do tempo.
"Foi uma referência. Sempre foi e sempre será. Com certeza ele vai para um lugar melhor que o nosso, com muita paz de espírito. Ele merece. Tenho muita gratidão pela amizade que construímos quando eu era jogador e, principalmente, depois do futebol", disse.
Apolinho deixa três filhos, sete netos, uma legião de fãs, ouvintes, ex-companheiros e colegas de trabalho em todo o mundo.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Também foi colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA e comentarista de programas em diversas emissoras de TV, entre elas Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
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