Joel Santana, ex-treinador de futebolLucas Felbinger / Agência O Dia
Joel Santana reverencia Apolinho e o enaltece: 'É uma lenda'
Lendário radialista morreu na noite da última quarta-feira (15), aos 87 anos
Rio - Ex-treinador de futebol, Joel Santana esteve presente no velório de Washington Rodrigues, o Apolinho, lenda do jornalismo esportivo carioca e ex-colunista de O DIA e Meia-Hora, que morreu aos 87 anos na noite da última quarta-feira (15). O 'Papai Joel' reverenciou o radialista e revelou a última mensagem, antes de se despedir dele.
"O Apolinho é uma lenda e vai deixar um legado muito grande no esporte brasileiro. Ele é aquele cara que fazia seus comentários e não agredia ninguém. Quem não gostava do Apolinho, não gostava de ninguém. Eu tenho um pouquinho de autoridade para falar isso, porque, alem dele ter sido repórter, e eu frequentar sua casa, nós trabalhamos juntos, e ele me deu dois apelidos: Rei do Rio e Papa Títulos. Preciso falar mais alguma coisa?", disse Joel Santana, que complementou:
"Só deixei uma frase ali pra ele. Disse, "meu amigo, qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra. Um beijo e um abraço. Fica com Deus, Apolinho".
Apolinho deixa três filhos, sete netos, uma legião de fãs, ouvintes, ex-companheiros e colegas de trabalho em todo o mundo.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Também foi colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA e comentarista de programas em diversas emissoras de TV, entre elas Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
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