Rio – A morte do radialista esportivo Washington Rodrigues, o Apolinho, na noite da última quarta-feira (15), aos 87 anos, gerou grande comoção no mundo do futebol. Figuras como Romário, Maestro Júnior e outros famosos manifestaram seu pesar com o falecimento do comentarista, que estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para tratar de um câncer.
Como comentarista, Apolinho teve passagens pelas rádios Nacional, Continental, Vera Cruz e Tupi. Um dos traços marcantes de sua trajetória foi a criação de bordões, com mais de 100 em seu repertório, segundo ele mesmo. O hábito começou porque ele tinha receio em errar palavras.
“Os bordões começaram por que eu tinha dificuldade e medo de errar. Eu ia falar e pensava: ‘será que a palavra certa é essa?’. E aí, eu trocava e depois ria, pois, se eu estivesse errado, as pessoas achariam que eu estava brincando”, afirmou Apolinho na Rádio Tupi.
Veja, a seguir, algumas das frases icônicas criadas e utilizadas por Washington Rodrigues como comentarista esportivo:
“Chocolate”: termo usado quando um time aplica uma goleada no outro. Uma das expressões mais populares no futebol brasileiro hoje em dia.
“Briga de cachorro grande”: quando dois times bons ou grandes vão se enfrentar.
“Geraldino x Arquibaldo”: a forma como Apolinho se referia a torcedores que ficavam na geral, setor popular do Maracanã em que as pessoas assistiam aos jogos em pé e deixou de existir em 2005, e nas arquibancadas, que ficavam acima das gerais.
“Cuspindo marimbondos”: ter raiva por algum motivo. Um exemplo é quando a torcida está insatisfeita com o resultado de um jogo e começa a “cuspir marimbondos” ao reclamar do time.
“Mais feliz que pinto no lixo” e “Mais perdido que surdo no bingo”: frases utilizadas para descrever situações e atuações de jogadores em uma partida de futebol.
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