Lucas Paquetá pode ser cortado da seleção brasileiraRafael Ribeiro / CBF
Decisão sobre possível corte de Paquetá da Seleção caberá ao presidente da CBF
Ednaldo Rodrigues decidiu assumir responsabilidade pelo caso e 'poupar' o técnico Dorival Júnior
Rio - O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, será o responsável por decidir sobre o possível corte de Lucas Paquetá da seleção brasileira. Nos últimos dias, o meia foi acusado formalmente pela Federação Inglesa por supostas violar regras de apostas esportivas.
Segundo a ESPN, Ednaldo ainda avalia a situação antes de tomar a decisão. Neste momento, a tendência é que Paquetá não seja cortado, pois a entidade acredita que essa decisão seria precipitada, já que ainda não houve condenação. O martelo sobre a posição da CBF deve ser batido em breve.
"Na terça-feira, vamos tratar sobre a questão do Paquetá. A princípio, não há uma condenação contra o atleta, só indícios. Vamos ouvir todas as possibilidades", disse o presidente da CBF no Futebol Solidário, no último domingo (26), no Maracanã.
O caso, porém, não é simples. Pesa na decisão de Ednaldo um acordo assinado pela CBF março de 2024 para promover integridade ao futebol, em parceria com a Sport Integrity Global Alliance (SIGA). No documento, a CBF se compromete a intensificar o combate a qualquer crime e manipulação de resultados. A manutenção de Paquetá, por tanto, poderia gerar um desgaste. Por isso, os departamentos jurídico e de governança e conformidade também participam da decisão do presidente.
Paquetá é acusado pela Federação Inglesa (FA) de ter forçado cartões amarelos em partidas entre novembro de 2022 e agosto de 2023. A investigação engloba apostas feitas em contas vinculadas a pessoas próximas a meia e teve início após um incomum volume de apostas casadas em jogos do mesmo dia nos campeonatos Inglês e Espanhol.
Além de Lucas Paquetá, o atacante Luiz Henrique, hoje no Botafogo e na época no Real Betis, da Espanha, chegou a ser investigado. O brasileiro ficou um período lesionado antes de ser reintegrado, mas depois foi negociado com a Eagle Football, de John Textor, e foi para o Botafogo.
Por conta da investigação, o Manchester City, que havia sinalizado com uma oferta de 70 milhões de libras (cerca de R$ 454 milhões, na cotação atual) ao West Ham pelo jogador, se retirou da negociação. Os Citizens indicaram que iria fazer uma nova oferta caso Paquetá fosse inocentado, mas, por conta da indiciação, não deve ocorrer mais nenhuma investida.
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