Abner virou titular na lateral esquerda da SeleçãoRafael Ribeiro / CBF

Salvador - Abner foi o escolhido por Dorival Júnior para ocupar a lateral esquerda nos últimos três jogos da Seleção pelas Eliminatórias. A sequência nos 11 iniciais, que deve continuar contra o Uruguai na terça (19), às 21h30 (de Brasília), na Arena Fonte Nova, foi celebrada pelo jogador.
"Vivo um momento muito especial falando individualmente. Um momento que esperava há muito tempo. É um privilégio representar a maior seleção do mundo. Cheguei até aqui pelo trabalho do dia a dia, estreei contra o Chile sem saber se eu jogaria e tenho sequência de três jogos, importante ter esses minutos. Eu e a seleção estamos em constante evolução, entendendo a metodologia e evoluindo a cada jogo, sim", disse Abner, em entrevista coletiva neste domingo (17).
Atualmente, a seleção brasileira está na quarta posição nas Eliminatórias, com 17 pontos. Em caso de derrota para o Uruguai, há a possibilidade de cair para sexto, o que aumentaria a pressão na equipe comandada por Dorival Júnior. No entanto, o jogador afasta essa possibilidade. 
"Não é pressão, é objetivo. Está ali porque sabemos onde temos que chegar. A tabela está exposta ali para olharmos todos os dias e pensarmos que precisamos melhorar, sim, mas também buscar os objetivos que é o mais importante. Vemos todos os dias, mas não é pressão, é objetivo para vencer, estar em segundo e terminar o ano bem", avaliou.
O duelo com os uruguaios inclusive, pode ser a chance do Brasil dar o troco pela derrota de 2 a 0 no primeiro turno da competição, quando ainda era comandado por Fernando Diniz. 
"A gente encara o jogo sem olhar retrospecto. Olhamos mais para o desempenho. Oscilamos um pouco, é natural pela troca de alguns jogadores, mas agora encontramos solidez que pode fazer diferença no confronto. Uruguai tem muito duelo individual, mas estamos preparados e temos ainda dois dias de treinos", ponderou.

Confira outras respostas de Abner

Escassez na posição de lateral
"Não vivemos momento de escassez, temos grandes jogadores na posição. Há mudança constante, mas todos entregaram da melhor forma possível. Alguns jogando mais e outros menos, mas todos aqui têm potencial e quem chega vai saber desempenhar o papel. Eu tenho jogado três vezes seguidas, entrei na briga e é o meu objetivo. Mas quem jogar vai conseguir desempenhar muito bem".
Situação no Lyon
"Essa notícia me pegou de surpresa, não sei verdadeiramente o contexto e não posso falar muito, não tive atualizações do grupo. Vou poder falar numa volta, agora é difícil, fui pego de surpresa. Estou na Seleção e tenho que aproveitar o momento. Hoje eu só penso no Uruguai".
Oportunidade de fazer dupla com Vini Jr
"É um privilégio jogar com grandes jogadores, Vini é um deles, se não for o melhor do mundo hoje. É dar suporte para o jogo do Vini ficar mais confortável, movimentar para liberar espaço no um contra um forte dele. É o que me pedem mais na minha posição. Ficar com o Vini deixa mais fácil porque atrai marcação e libera espaço. Tenho encontrado esse movimento de espetar para encontrar espaço e entrosamento está saindo naturalmente".
O que pode melhorar na parceria
"Eu joguei uma vez só com o Vini, temos que buscar mais entrosamento. Eu procuro facilitar um pouco a vida dele, movimentar para levar a marcação e deixá-lo no um contra um. Apenas 90 minutos, mas jogar com os grandes jogadores deixa situação mais fácil. Com mais jogos vamos encontrar esse entrosamento. A principal função é facilitar e o entrosamento virá".
Carinho dos torcedores mais jovens
"Me identifico muito com essas crianças, vim do interior de São Paulo, bem interior mesmo, bem enraizado com as minhas origens e procuro buscar forças de onde tive o apoio de todos. Eu tenho apenas três jogos na seleção, mas representam muito para mim e todos que me ajudaram. Sou mais uma dessas crianças, torço e represento a seleção onde for. É natural, temos que buscar forças nessas crianças. Temos que correr atrás dos sonhos, nada impossível".