John Textor, dono de 90% da SAF do BotafogoVítor Silva/Botafogo F.R.

Depois dos primeiros e intensos meses da chegada de John Textor, que revolucionou o Botafogo dos pés a cabeça e levou um clube próximo a falência para um patamar que não era alcançado há anos, o Glorioso começou 2023 de uma forma bem mais tranquila. Depois de 22 reforços em oito meses, com nomes badalados como Tchê Tchê, Patrick de Paula e Tiquinho Soares, a diretoria da SAF Alvinegra adotou outra postura para iniciar o novo ano.
Com problemas de fluxo de caixa que criaram atrasos salariais no fim do ano, a SAF entende que o time comandado por Luís Castro já está estruturado e apenas reforços pontuais para reforçar o elenco eram necessários. A prioridade, hoje, é estruturar o clube e torná-lo autossustentável, ao invés de depender somente dos investimentos de John Textor. A chegada da PariMatch, nova patrocinadora master que renderá um dos cinco maiores valores de patrocínios do futebol brasileiro, é um exemplo da atual prioridade.
Há um entendimento de que será necessário muito trabalho para continuar estruturando o funcionamento do clube no formato empresa, visando maximizar os lucros e abater as grandes dívidas alvinegras ao longo dos próximos anos. A base está construída e formentada, mas agora o trabalho é interno.
Para a temporada de 2023, chegaram apenas quatro novos jogadores. O zagueiro Luis Segovia, o volante Marlon Freitas, o meia Caio Vitor e o atacante Carlos Alberto reforçaram a equipe de Luís Castro, que segue de olho em oportunidades do mercado. A postura mais conservadora, por exemplo, impediu acertos de contratações como Rodrigo Pinho e Matheus Pereira.
No entanto, duas saídas inesperadas levantam o alerta para a necessidade de reforços de impacto no setor ofensivo. O clube perdeu o atacante Junior Santos, que estava emprestado e o Botafogo não conseguiu exercer a opção de compra, e o ponta Jeffinho, que será emprestado ao Lyon até o meio do ano com opção de compra. O último renderá 5 milhões de euros (R$ 27,5 milhões) pelo empréstimo, com opção de compra por mais 10 milhões de euros (R$ 51,9 milhões).
Depois de fechar a patrocinadora, a bola da vez é a escolha do novo CEO. Depois da saída de Jorge Braga no fim de 2022 de uma forma mais tumultuada, John Textor vem conduzindo as buscas por um novo executivo para comandar o dia a dia do Glorioso. De acordo com o jornalista Thiago Franklin, o nome já teria sido decidido e será revelado nos próximos dias.