Bruno Lage colocou o cargo à disposição no Botafogo após derrota por 2 a 1 para o FlamengoVitor Silva/Botafogo

Rio - Bruno Lage continuará no comando técnico do Botafogo. Depois da derrota para o Flamengo, por 2 a 1, no Estádio Nilton Santos, o treinador colocou o cargo à disposição da diretoria. Entretanto, após se reunir com dirigentes, decidiu permanecer no clube. 
A declaração de Bruno Lage na coletiva surpreendeu jogadores e dirigentes. Na saída da sala de entrevistas, o técnico se reuniu com o diretor executivo de futebol, André Mazzuco, e com o head scout do clube, Alessandro Brito. O dono da SAF alvinegra, John Textor, participou por telefone da conversa, que durou aproximadamente 20 minutos. 
Os jogadores aprovaram a permanência de Lage no comando. Nem todos os atletas concordaram com a forma usada pelo treinador ao colocar ao cargo à disposição, mas o elenco se fechou contra a saída dele. Fernando Marçal, capitão da equipe, o defendeu publicamente.
"Acredito que não tem desconfiança nenhuma. O Bruno tem feito um trabalho excepcional, o grupo tem total confiança nele, agora é olhar para frente. Ele está acostumado à pressão, foi treinador do Benfica, onde são só dois ou três clubes trabalhando para serem campeões. É um treinador que sabe lidar com isso, não tem pressão nenhuma. O Bruno é top", afirmou Marçal. 
Bruno Lage disse que vem tendo seu trabalho questionado desde que assumiu o Botafogo, em julho, e acha injusto que seus jogadores se sintam pressionados por isso.
"Sobre essa coisa de só olharem para o meu percurso no Botafogo, acho que é uma pressão muito grande sobre os jogadores. E isso eu não admito. Só há uma forma de libertá-los dessa pressão. E por isso estou aqui perante a vocês. Não falei com ninguém, pensei muito e neste momento coloco o meu lugar à disposição do diretor, à disposição do presidente", declarou o treinador. 
"O que não posso permitir é que a pressão que está sendo exercida sobre mim seja exercida sobre meus jogadores. É isso o que eu tenho para dizer. Meu lugar está à disposição de quem manda, sem qualquer outra coisa para dizer", completou.