Botafogo leva sufoco no fim, mas segura 1 a 0 e vence o Atlético-GO
Mateo Ponte faz o gol da vitória do Glorioso, que mostra evolução, mas também problemas
Mateo Ponte (C) é abraçado pelos companheiros após fazer o gol sobre o Atlético-GO, que reabilitou o Botafogo no Campeonato Brasileiro - Vitor Silva/Botafogo
Mateo Ponte (C) é abraçado pelos companheiros após fazer o gol sobre o Atlético-GO, que reabilitou o Botafogo no Campeonato Brasileiro Vitor Silva/Botafogo
A primeira vitória do Botafogo em três partidas sob o comando de Artur Jorge esteve longe de uma boa atuação e contou com apreensão no fim, com o medo de novo pesadelo em ceder um gol nos acréscimos. Ainda assim, teve pontos positivos, como mais organização e melhor movimentação dos quatro atacantes. Só que os melhores momentos foram na característica do time de 2023, com Tchê Tchê distribuindo o jogo e a transição rápida da defesa para o ataque no 1 a 0, gol de Mateo ponte, sobre o Atlético-GO, no Nilton Santos, pela segunda rodada do Brasileirão.
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O técnico manteve os quatro atacantes, mas fez três alterações na equipe titular, sendo a mais surpreendente a entrada de Matheus Nascimento no lugar de Tiquinho Soares. Ao barrar o atacante, ele repetiu o que outro português fez, sendo que a decisão contribuiu para a saída de Bruno Lage, em 2023. Tchê Tchê e Hugo, por outro lado, jogaram porque Marçal e Marlon Freitas ficaram fora por questões médicas.
Mas a verdade é que as mudanças demoraram a encaixar. Quando Tchê Tchê apareceu, comando o meio enquanto Matheus Nascimento sentiu uma lesão na coxa direita e deu lugar a Tiquinho justo na hora que melhorava em campo. E o Botafogo, que já vinha ouvindo reclamações da torcida, criava pouco, até abrir o placar aos 31 minutos com Mateo Ponte, o mais criticado por alguns erros bobos.
Foi a primeira boa jogada do time, com troca de passes e movimentação, tanto que o lateral surpreendeu ao aparecer na entrada da área e chutar, após passe de Luiz Henrique. O gol deu mais confiança ao Glorioso, que melhorou e só não ampliou porque Jeffinho parou no goleiro Ronaldo, numa jogada característica desse elenco, de saída da defesa para o ataque com poucos passes e muita velocidade.
Sufoco no fim
A defesa que levou poucos sustos e se mostrou mais segura no primeiro tempo do que na estreia no Brasileirão, mesmo assim cometeu erros. Em especial no segundo tempo, quando o Atlético-GO passou a criar mais. E um desses erros quase complicou, quando Halter se enrolou com Gatito e Emiliano Rodríguez não alcançou a bola. Menos mal que o Atlético-GO teve muita dificuldade em criar.
O problema é que o Botafogo não soube matar o jogo, ao desperdiçar contra-ataques e passou sufoco. Primeiro em grande jogada de Tiquinho, deixando Junior Santos na cara do goleiro Ronaldo, mas o atacante optou por tocar mal para Jeffinho, que não alcançou a bola e ainda recebeu vaias. Pouco depois, Junior Santos desperdiçou mais uma vez e quase que marcou sem querer, com a bola batendo no defensor e quicando na linha sem entrar.
Sem ainda imprimir a característica de ficar com a bola pedida por Artur Jorge, o Glorioso não conseguiu ter o controle do jogo e passou sufoco. Não criou chances, além de um chute de Savarino, e, com muitos erros e espaço na defesa, também permitiu ao Atlético-GO incomodar no fim, aumentando a tensão e a irritação da torcida. Só não levou o empate porque Gatito fez grande defesa cara a cara com Vágner Love e Halter desviou a bola duas vezes, em finalizações de Yony González, uma no último lance.
Botafogo 1x0 Atlético-GO
Local: Nilton Santos (RJ) Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Gol: Mateo Ponte, aos 31min do 1ºT (1x0) Cartões Amarelos: Lucas Halter, Tiquinho Soares, Patrick de Paula (BOT); Pedro Henrique, Luiz Felipe, Bruno Tubarão, Rhaldney (AGO).
Botafogo: Gatito Fernández; Mateo Ponte, Lucas Halter, Bastos e Hugo; Gregore (Danilo Barbosa), Tchê Tchê, Luiz Henrique (Savarino) e Jeffinho (Óscar Romero); Júnior Santos (Patrick de Paula) e Matheus Nascimento (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
Atlético-GO: Ronaldo, Bruno Tubarão, Luiz Felipe, Pedro Henrique e Guilherme Romão; Rhaldney (Yony González), Baralhas, Alejo (Vágner Love) e Shaylon; Luiz Fernando e Emiliano Rodríguez (Derek). Técnico: Emílio Faro (auxiliar).
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