O Botafogo está de volta às quartas de final da Libertadores após sete anos numa situação completamente diferente. Se em 2017 havia mais empolgação pela campanha de 'exterminador de campeões' do que condições técnicas, agora, o Glorioso enfrenta o São Paulo na quarta-feira (18), às 21h30 no Nilton Santos, para seguir com reais chances de conquistar o título inédito.
Assim como em 2024, o Glorioso entrou na pré-Libertadores e precisou passar por duas eliminatórias para chegar à fase de grupos. Depois, eliminou um campeão nas oitavas de final (em 2017 foi o Nacional-URU e este ano o Palmeiras). E a torcida dava show com mosaicos em 3D. Mas as coincidências param por aí.
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Aquela campanha ficou marcada principalmente pelo espírito de luta e a vontade apresentada por um time bastante limitado que foi superando as dificuldades. À medida que foi eliminando campeões de Libertadores - foram cinco ao todo (além do Nacional, superou Colo-Colo e Olimpia, Estudiantes e Atlético Nacional) e passou por grupo da morte, a torcida se empolgou.
Embalado pelo hit 'Libertadores, me deu onda', do funkeiro alvinegro MC G15, o Botafogo se permitiu sonhar. Mas a realidade bateu à porta nas quartas de final, contra o Grêmio.
Além disso, com grave crise financeira, o clube tinha o quarto elenco menos valioso do Brasileirão da época e ainda perdeu jogadores importantes: Sassá, Montillo, que pouco jogou por causa de lesões, e Camilo foram alguns dos nomes que saíram durante a competição.
Fora de campo, o Glorioso sofreu com uma gestão conturbada dos dirigentes amadores do clube e a falta de dinheiro. Ainda assim, foi naquele ano que deu o passo decisivo para ter o Espaço Lonier, que hoje serve como centro de treinamentos, com a ajuda dos irmãos alvinegros Moreira Salles.
Erro de arbitragem prejudica time de 2017
A situação era muito diferente da era SAF atual, com dinheiro para investir R$ 231 milhões em contratações para reforçar ainda mais o forte elenco montado para 2024. A ponto de ter jogadores que podem estrear na Libertadores nesta quarta, contra o São Paulo, casos dos laterais Alex Telles e Vitinho.
Mas voltando a 2017, mesmo diante de todas as dificuldades, a sensação do torcedor é que dava para ter avançado à semifinal. Isso porque, no 0 a 0 no Nilton Santos, a arbitragem, ainda sem VAR, não marcou um pênalti claro em Gilson.
O possível gol fez falta no jogo de volta, quando um dedicado Botafogo jogou no limite mais uma vez e teve uma de suas melhores atuações na temporada, mas Barrios marcou para o Grêmio, que venceu por 1 a 0 seguiu rumo ao título.
O time do Botafogo há sete anos
O técnico Jair Ventura mandou a campo a seguinte escalação contra o Grêmio, em Porto Alegre: Gatito, Arnaldo, Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes (Leonardo Valencia), Bruno Silva e João Paulo (Brenner); Rodrigo Pimpão (Guilherme) e Roger.
Daquele elenco, apenas Gatito segue no elenco, enquanto Carli faz parte da comissão técnica.
A provável escalação contra o São Paulo na quarta-feira
Já Artur Jorge, com mais peças à disposição, deve escalar o Botafogo com: John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Barboza e Marçal (Alex Telles); Gregore e Marlon Freitas; Luiz Henrique, Savarino e Thiago Almada; Igor Jesus.
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