Zada comemorando título pelo Volta RedondaVRFC / Divulgação
Lelê, montagem de elenco, dificuldades com logísticas e mais: diretor do Volta Redonda abre o jogo e fala do sucesso do Voltaço
Zada comenta momento da equipe, que é a melhor dos clubes de menor investimento do Campeonato Carioca, tem chance de terminar a Taça Guanabara no G-4 e está classificada na Copa do Brasil
No meio de elencos milionários dos quatro grandes do Rio de Janeiro, o Volta Redonda, apesar do pouco investimento, tem se destacado no Campeonato Carioca e ainda tem chances de terminar a Taça Guanabara no G-4. Fruto de muito trabalho da atual gestão do clube e do diretor Zada, um velho conhecido da torcida do Voltaço.
Grande conhecedor do ambiente do Volta Redonda, Zada trabalha de maneira árdua para "tirar leite de pedra" e fazer com que o Voltaço chame atenção no Estadual e também faça boas campanhas nas outras competições.
Feliz com o trabalho feito e banhado de sonhos para a temporada, Zada concedeu entrevista à "Coluna do Venê". O diretor falou sobre a metodologia que é praticada no clube, o bom momento do atacante Lelê, os assédios que o jogador vem sofrendo, as dificuldades com logística para atuar nos quatro cantos do Brasil e muito mais!
VEJA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA COM ZADA, DIRETOR DO VOLTA REDONDA:
Zada, o Voltaço passou por uma transformação no ano passado. Montou dois times visando o acesso à série B e o Carioca da A2. Me conta como foi essa corrida pelo Brasil e pelo Rio de Janeiro em busca dos acessos?
"Em relação à montagem do ano passado, a gente teve que trabalhar um grupo mais extenso porque eram duas competições. A gente teve que se desdobrar. A gente saia de um jogo do Brasileiro, nem voltava para Volta Redonda. Tivemos que montar uma logística muito grande em realçaõ a isso para evitar um desgaste ainda maior. A gente teve um estudo do que a gente precisava. Chegar no fim do ano e ver que deu tudo certo foi muito gratificante."
Sabe quantos quilômetros vocês percorreram em viagem?
"Foi uma quilometragem absurda. eu não consigo precisar, mas andamos muito. Muito mesmo. Teve um jogo que saímos do jogo em Salvador, contra o Vitória, chegamos em Volta Redonda numa segunda e fomos direto para Casemiro de Abreu para jogar um jogo importante demais contra o Americano. Isso é só um exemplo porque fizemos muitas vezes isso."
O time no ano passado chegou a marcar mais de 100 gols. Vocês conseguiram manter uma base para esse ano. Como está a preparação para depois do Carioca após boa campanha do time?
"Essa quantidade de gols muito elevada fez com que a gente ficasse com muita visibilidade. A gente é um time muito forte. O diferencial é que a gente tenta manter o mesmo padrão fora de casa do que a gente faz dentro de casa. Isso faz com que a gente eleve o número de gols. Mérito total do nosso treinador, o Rogério, dos atletas. Isso faz com que a gente tenha essa excelente média."
E o jogador Lelê. Não é um atleta oficial do Volta Redonda e está emprestado a vocês. Qual será o futuro dele? Soube que Vasco e Fluminense negociam a contratação dele. O que você sabe?
"Lelê é um jogador que está emprestado ao Volta Redonda até o fim do Estadual. A gente tinha uma cláusula de extensão até o fim do ano. Mas a gente sabe que a ordem natural é que após o Estadual ele seja negociado. Claro que essa decisão compete muito a atleta, ao interesse do atleta e ao Itaboraí Profut. O Volta Redonda tem uma parcela importante nesse processo. Claro que é uma decisão muito importante na carreira do atleta e ele será direcionado para o melhor."
"Ordem natural em relação ao Lelê. Ano passado ele já teve um destaque muito grande e comprou a briga para poder ficar par a disputa do Estadual desse ano. É um atleta de muito caráter. Sempre manteve a palavra dele mesmo com propostas muito boas no ano passado. Ele agora está colhendo os frutos. Muitos clubes querendo ele. Listo 'uns' cinco, seis de Série A do Brasil e fora do exterior. Então, muitos clubes estão interessados nele."
Por falar em jogadores, o Voltaço tem um bom time. Queria saber como foi a metodologia na montagem do time?
"É sempre um desafio muito grande a montagem do elenco. Tem que unir muita coisa. O atleta chegar, gostar da cidade, se adaptar ao trabalho, se dar bem no ambiente. A minha parte, que é o extra campo, é fazer com que eles se adaptem bem à cidade, que tenham uma boa relação, ficar bem com a família, procurar escola para filhos. Pode acontecer de contratar um grande atleta e ele chegar aqui e não se adaptar à cidade. Então a gente cuida desse extra e faz com que ele tenha uma adaptação completa. Acho que esse é o nosso diferencial."
O Volta Redonda é o melhor time entre os de menor investimento no Carioca. Onde esse time pode chegar?
"Pretendemos chegar longe. Buscar uma pontuação histórica e figurar entre os quatro para que a gente possa garantir a vaga na Copa do Brasil e brigar por um inédito título do Carioca. Quem sabe? Temos que sonhar, né. Não custa sonhar."
O Voltaço classificou de virada, fora de casa, na Copa do Brasil contra o Falcon, agora tem o confronto decisivo diante do Bangu em Moça Bonita. Como está o time para esta sequência?
"Agora não tem muito tempo de descanso. Temos poucos jogos. Agora cada jogo será tratado aqui como se fosse final."
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.