Em 2004, o então lateral rubro-negro foi decisivo em dois jogos contra o FluminenseDivulgação
O Fla-Flu que foi o divisor de águas para Roger Guerreiro
Em 2004, o então lateral rubro-negro foi decisivo em dois jogos contra o Fluminense
A passagem do lateral Roger Guerreiro pelo Flamengo foi curta, porém intensa e decisiva. Em um papo com o Contra-Ataque, o ex-jogador relembrou duas partidas que marcaram a sua vida: ambas contra o Fluminense, em 2004.
Roger havia feito um jogo ruim diante do Friburguense. O duelo seguinte foi contra o Flu pela fase de grupos da Taça Guanabara. O resultado do clássico foi 4 a 3 para o Fla, após o Tricolor estar vencendo por 3 a 1. O lateral foi o nome do jogo, marcando o terceiro e o quarto gols do Rubro-Negro. Nessa época, a torcida começava a entoar o grito de "Poeira, levantou poeira".
"Esse jogo está no top dois da minha vida. Foi a virada de chave tanto no Flamengo quanto na minha carreira. Foram os meus dois primeiros gols como atleta profissional. Eu vinha de um jogo muito ruim, saí no intervalo, e com a expulsão do Júlio César, que entrou no meu lugar, eu ganhei uma nova chance nesse Fla-Flu. Foi a chance da minha vida. Graças a Deus consegui aproveitar, fazer aqueles dois gols e me consolidar como titular da lateral esquerda do Flamengo", conta o ex-camisa 6.
Decisivo
A dupla reeditou o clássico na final da Taça Guanabara e, novamente, Roger se destacou e foi fundamental naquela conquista. Em um novo jogão, o Flamengo foi campeão ao fazer 3 a 2. Aos 30 minutos do segundo tempo, ele tabelou com Ibson e bateu na saída do goleiro Kléber para fazer o gol da vitória.
"Ali, eu já estava muito mais confiante, mais consolidado, tinha feito alguns gols. Consigo fazer novamente um bom jogo e sou coroado com o terceiro gol que culmina com o título", diz Roger.
"Jogar num clube de massa, com a maior torcida do Brasil e fazer o gol do título, isso é para poucos. Me sinto privilegiado de ter vestido o manto rubro-negro. Fico muito contente e sou grato pelo resto da minha vida", completa.
Aquele Flamengo tinha jogadores como Júlio César, Júnior Baiano, Zinho e Felipe. O técnico era Abel Braga.
Ex-lateral fala da expectativa para o clássico
Roger também falou da expectativa para o clássico deste domingo. "O pessoal até brinca que se eu estivesse em campo, o Flamengo já sairia ganhando de 1 a 0. Eu fazia gol em todo jogo contra o Fluminense", brinca Guerreiro.
"Fla-Flu é sempre um jogo à parte, é uma final dentro de um campeonato de pontos corridos. Sabemos que uma vitória do Fluminense pode fazer o time ressurgir, dar um gás extra para o Diniz. O Flamengo vem muito bem, conseguiu encaixar um estilo de jogo, uma metodologia, mas o clássico é um jogo à parte", inicia o ex-lateral, que lembra que o Flamengo entra como favorito por viver um bom momento, mas que será preciso confirmar isso dentro de campo. Do outro lado, o time de Diniz fará de tudo para vencer os três pontos e tentar se afastar da zona de rebaixamento.
"Tenho certeza que o Fluminense vai se desdobrar para tentar fazer um bom jogo e sair dessa crise. Já vimos muitas situações onde um clássico afundou de vez uma equipe ou fez essa equipe ressurgir", conta, dizendo que vai estar na torcida pelo Rubro-Negro.
"Se Deus quiser, o Mengão vai conseguir mais uma vitória".
História fora do Brasil
Não foi só no Rio que Roger Guerreiro fez história. Depois que saiu do Fla, ainda em 2004, passou pelo Celta de Vigo, da Espanha, e o Juventude, do Rio Grande do Sul. Em 2006 foi para o futebol polonês. Suas boas participações pelo Legia Warszawa fizeram com que despertassem o interesse do treinador da Seleção Polaca. Roger então se naturalizou polonês.
"Tem uma história muito bonita na Polônia. Foram 26 jogos na Seleção, com quatro gols e algumas assistências. Joguei a Eurocopa de 2008. O primeiro gol da história da Polônia na Eurocopa é meu. Então, tenho muito carinho, muito respeito, muita admiração por todos de lá", conta.
No Grupo D da atual Eurocopa, a Polônia foi derrotada pela Holanda (2x1) e pela Áustria (3x1). Na terça, enfrenta a França.
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