Gerson e David Luiz, do Flamengo, em ação no duelo com o Athletico-PR Robson Mafra/Agif/Estadão Conteúdo

Sem a presença do técnico Tite, o Flamengo foi comandado pelos auxiliares da comissão técnica no empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, neste domingo (16), na Ligga Arena, pela nona rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro, que se viu em situação ruim nos acréscimo, conseguiu arrancar o resultado com gol aos 53 minutos marcado pelo jovem Evertton Araújo. Para Cléber Xavier, assistente de Tite, o resultado precisa ser valorizado.
"Foi um empate com gosto de vitória pela importância do grupo. Por isso que estamos aqui na ausência do Tite. Temos cinco jogadores na Seleção, temos cinco indisponíveis por lesão. A meninada trabalhou muito em cima disso. Tem que valorizar nesse sentido. Fomos iguais no primeiro tempo e melhores no segundo. Não merecia sair daqui com derrota", disse.
Outros membros da comissão técnica também responderam perguntas na entrevista coletiva, como Matheus Bach, filho de Tite, e César Sampaio. Para Bachi, a condução da arbitragem de Anderson Daronco, que provocou polêmica na reta final, foi correta devido ao tempo perdido na segunda etapa.
"Acredito que ele (Daronco) tomou decisões certas. Estava impedido o nosso gol (anulado de Gabigol), foi pênalti do David, o lance que o Zapelli chuta a bola para fora e o tempo que o Madson e o Paulo demoram para bater o lateral passa mais de um minuto. Se tivesse corrido o tempo normal, ia acabar no 52, como ele deu 7. Ele deu um a mais pelo o tempo que o Athletico perdeu de jogo", destacou.
Devido à convocações para a Copa América e lesões no elenco, o Flamengo teve a delegação para o duelo com o Furacão repleta de jovens das categorias de base - Evertton, autor do gol de empate, é um dos casos. Para Cléber Xavier, é nítida a evolução dos garotos e isso ajuda na hora da utilização.
"A gente vem com um trabalho desde a chegada no ano passado. Diariamente tem no mínimo três ou quatro atletas treinando conosco. São campeões há pouco de Libertadores, têm muitas conquistas. Passamos condições a eles e os tratamos como tratamos todos os atletas. É satisfatório, não é ter medo de colocá-los. São jogadores que estão crescendo nesse trabalho da base e nesse complemento que a gente faz."

Confira outras respostas

Coragem para jogar (Matheus Bachi)
"O atleta que não tem coragem hoje em dia não joga. Foi importante a gente ter virado o último jogo (com o Vasco), a gente ainda não tinha virado. Quando chegou no jogo, a gente tomou o gol, e senti que os atletas acreditavam na capacidade. Quando um duvidava, o outro empurrava. Vamos, que a gente vai conseguir empate. Essa equipe mostrou que tem alma."
Importância da torcida (Matheus Bachi)
"Torcedor hoje foi fera demais, foi fera demais. Em momentos que a gente se impôs na partida, a gente conseguiu deixar a torcida deles tensa. Nossa torcida não desistiu e foi o reflexo da nossa equipe. Vamos precisar bastante dela na sequência. Lesão faz parte do futebol, mas não sei que outro campeonato em que um time perde cinco jogadores por competição de seleções. Isso não é justo. Um erro faz parte do futebol e quando um jogador erra querendo acertar e depois a torcida aplaude e incentiva, a confiança dele não cai. Quando ele escuta uma vaia, por mais que o companheiro dá um apoio, às vezes se abate. Torcedor vai nos ajudar bastante contra o Bahia e no Fla-Flu, porque o torcedor vai onde nós vamos."