Tite comandando o Flamengo na partida contra o Bolívar pela LibertadoresPablo Porciuncula/ AFP

Rio - O Flamengo se impôs dentro do Maracanã, pressionou desde o início e, apesar de sonhar com um placar maior para administrar a vantagem na altitude de 3.600m de La Paz, venceu o Bolívar por 2 a 0 pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores na noite desta quinta-feira (15). Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Tite celebrou o resultado e disse que sua equipe jogou o suficiente para fazer mais gols.
"O resultado e o placar não condizem o que foi o desempenho e o número de oportunidades e o volume tido. (diferença no segundo tempo) Fases do jogo em que o adversário se posiciona. Se posicionando na média, dando espaços para nós nas suas costas para explorar. Segundo tempo ele veio para trás, aí você tem possibilidade de jogar pelo lado e ter jogadores de finalização de média distância ou de cruzamento com finalização. Movimento e posicionamento do adversário", disse o técnico.
Havia a expectativa por um Flamengo agressivo e que goleasse o Bolívar - igual ao jogo da fase de grupos, quando o Rubro-Negro passou com facilidade vencendo por 4 a 0. Os bolivianos, no entanto, se fecharam bem e valorizaram já pensando na volta, na altitude, principal arma. Tite optou por postura cautelosa para acalmar os ânimos.
"A mentalidade dos atletas foi fundamental hoje, o futebol se joga, antes de tudo, com a cabeça. O torcedor quer chegar e acelerar tudo, mas ter a naturalidade de ter calma e rodar a bola, de chegar na frente. Nós continuamos a marcar pressão com um jogador a menos, vocês repararam? Essa aplicação que a equipe teve foi excepcional. Sabemos que desempenho acaba determinando. Hoje jogou tanto ou mais do que o 4 a 0. Depois temos o Botafogo, temos uma força no grupo. Agora é termos o grupo todo para projetarmos domingo."
Tite comentou a respeito das situações preocupantes de Pedro e Gabigol, que deixaram o gramado por problemas musculares. O treinador indicou que gostaria de contar com o melhor no clássico de domingo (18), com o Botafogo, pelo Brasileirão, e destacou situações envolvendo poupar ou não alguns jogadores.
"Eu não preservo e nem poupo ninguém. Quem tem autonomia para tirar e barrar jogador é o departamento médico, porque a saúde do jogador está em primeiro lugar. Eu não vou fazer isso, eu sou um ex-atleta que teve que parar de jogar com 27 anos porque estourou os dois joelhos. Não jogava muito, mas toda a possibilidade de jogar que eu tive se foi, e tinha que sustentar minha família. Por isso da minha veemência."
 

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Pensar no clássico
"Dividindo a resposta, tem que equilibrar estas duas situações (Brasileiro e Libertadores). Ela é desafiadora. Mas a gente não vira a chave em lugar nenhum, continua com a chave. Porque desempenho é emprestado de um jogo para outro, de um treino para outro."
Reforços
"É tudo de bom para dar clique a minha resposta. Sabe por quê? Porque existem autonomias dentro do clube, que é muito bem organizado com relação a isso. Assunto diretivo. O técnico tem que trabalhar e fortalecer o seu grupo. Isso é o que nós fizemos."
Atletas sentindo desgaste
"Gerson foi câimbra, o Erick (Pulgar) sentiu o adutor, o Nico (De la Cruz) estava com cãibra, o Varela estava com cãibra nas duas panturrilhas."