Filipe Luís cumprimenta Wallace Yan em vitória do FlamengoGilvan de Souza/Flamengo
Filipe Luís exalta opções no Flamengo e evita falar em time alternativo: 'Muito forte'
Treinador também comentou a importância de dar minutos para jogadores que sofreram com lesões em 2024
Minas Gerais - Após a vitória sobre a Portuguesa por 5 a 0 em Uberlândia, pelo Campeonato Carioca, Filipe Luís fez elogios ao leque de opções que tem para escalar o Flamengo. O treinador, que poupou os jogadores que estão sendo titulares neste início de temporada, também evitou falar em time alternativo. De acordo com ele, a equipe que foi a campo nesta quarta-feira (5) poderia ter batido "de igual para igual" com a que conquistou a Supercopa Rei, no último fim de semana.
"Para um treinador é sempre importante ter opções, ter concorrência entre eles, que eles possam competir pela posição, pela vaga no time. Que eles falem no campo, e aí quem quebra a cabeça sou eu. A gestão quem vai fazer sou eu, os problemas quem vai resolver sou eu, mas é muito bom ter essas opções".
"É muito difícil falar de time alternativo com o time que entro no campo hoje. O time é muito forte, pode bater de igual para igual com o time que jogou na final. Então, não vejo: 'ah, estou usando os reservas'. Estou dando minutos para todo mundo. Eles estão me deixando com dor de cabeça. Como vou falar de time reserva ou alternativo com Arrascaeta, Juninho, Luiz Araújo, Cebola...? Todos. Serve para eles se desenvolverem e me deixar com dor de cabeça".
Filipe Luís também falou sobre a importância de dar minutos a jogadores que sofreram problemas físicos na temporada passada. Arrascaeta, Luiz Araújo e Everton Cebolinha foram titulares do Fla nesta noite.
"Na minha opinião, o jogador profissional é uma máquina de adaptação. Conforme esses jogadores que estavam de férias, que vieram de lesões graves e estão somando minutos novamente para o corpo deles se adaptar ao que é o jogo, ao ritmo de jogo, à intensidade que o nosso time quer impor, com uma pressão muito forte e para aguentar esse jogo de transição... Só no treino a gente não consegue".
"Esses jogos são importantes para que eles possam somar minutos e, somando as adversidades que existem durante o jogo com viagem, gramado e com todo tipo de complicação, é melhor ainda para que esses jogadores possam somar esses minutos e entrarem fisicamente no mesmo ritmo dos que já estão um pouco mais à frente".
Outro tema da entrevista coletiva foi sobre a tragédia do Ninho, que completará seis anos no próximo sábado (8). Na última terça-feira (4), o Rubro-Negro anunciou que chegou a um acordo para indenizar a família do goleiro Christian Esmério, uma das dez vítimas fatais do incêndio. Com isso, o clube finalmente chegou a um acordo com todos os familiares dos meninos que morreram naquele episódio.
"Eu tenho uma conexão muito forte, eu sinto essa conexão com eles. Tem um memorial lá no Ninho, e vou muito. Não estava aqui quando aconteceu essa tragédia, mas eu sou pai. E eu sei o quão difícil deve ser para o pai de um desses dez meninos... Você entregar um menino para jogar futebol com um sonho e pegar num caixão. Então, nenhum dinheiro, nenhum acordo vai fazer a dor deles passar."
"Mas o que podemos fazer é tentar dar carinho, dar todo o apoio e o suporte e dizer que também sentimos essa dor. Também tenho filhos, sei o quão difícil que pode ser isso. Ninguém deseja passar por uma coisa assim. Única coisa que posso falar é dar meu apoio a todas as famílias. Vou estar sempre lá, lembrando a minha vida inteira desses meninos. Vai ter uma missa, com certeza vou e também verei os pais. Sinto que eles estão comigo, sinto isso, não sei como explicar. Comecei na base e deu tudo certo na base. Por que? Porque eram os meninos da base. Sinto, acredito e tenho essa crença. Espero que eles possam ter os corações confortados".
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