Sob o comando de Filipe Luís, o Flamengo precisa de uma vitória na próxima rodada para selar o título brasileiroJuan Mabromata / AFP
"Eu sempre acreditei nele. Muitas vezes, as fases do jogador geram dúvidas ao torcedor, à imprensa, mas eu nunca deixei de acreditar. É um jogador determinante, histórico desse clube. Está num grande momento físico e mental e chega talvez no seu melhor momento para grande final", declarou o comandante, em entrevista coletiva.
O treinador também analisou o duelo e destacou o poder de reação do Flamengo, que empatou nos últimos minutos do segundo tempo. "O time fez um bom jogo. Não é fácil pressionar o Atlético Mineiro, conheço bem o Sampaoli, trabalhamos juntos no Flamengo, sei como ele trabalha na parte ofensiva, como a equipe dele cria e é muito difícil tirar a bola do Atlético. Eles vêm de jogar uma prorrogação, mas nossos jogadores estão com muita confiança. Estão num grande momento e queríamos de qualquer maneira tentar vencer esse jogo que era muito importante para nós", iniciou.
"Com o nosso erro, fizeram um gol e a partir daí tudo ficou muito mais difícil. Tivemos chances e a bola estava naqueles dias que não queria entrar. Acredito que o time encontrou os espaços, encontrou as vantagens, conseguiu gerar perigo. Tentaram a todo momento furar essa defesa em bloco baixo do Atlético. Eles têm jogadores qualificados, tem grandes zagueiros e grandes jogadores, e no final a trave impediu. Empatamos o jogo, mas não foi suficiente para vencer. Mas pelo menos vi essa entrega, vi esse esforço dos meus jogadores e uma boa atuação", complementou.
O Rubro-Negro, caso tivesse vencido, ficaria com o título antecipado na competição nacional. Isso porque o Palmeiras, rival direto na briga pela taça, perdeu para o Grêmio por 3 a 2, em Porto Alegre. No entanto, Filipe Luís garantiu que não acompanhou nada do jogo do Verdão.
"Não sabia (do resultado). Como falei antes do jogo, não nos importamos com o que acontece do outro lado. Nós só dependemos de nós. Torcedores gritaram em algum momento, todos imaginaram que poderia ser gol do Grêmio, mas nós só dependemos de nós mesmos, não dos outros. Esse era o foco e o que tentei passar para os jogadores, que estivessem a todo momento com a cabeça dentro do campo", destacou.
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Outras respostas de Filipe Luís
. Lição dos últimos jogos: "O time vem fazendo um campeonato de uma forma impecável. Claro que existem jogos ruins dentro de uma maratona de jogos onde não temos descanso, mas eu tenho um elenco muito qualificado e muito forte que me permite fazer trocas para lutar por essas competições".
. O que melhorar para a final?: "Todo jogo deixa um caminho, um guia para entendermos o que precisamos melhorar, individualmente e em vários setores. Todas elas deixaram alguns detalhes. Jogamos - contra o Fluminense, contra o Sport e hoje - com uma equipe bem mexida, bem alternativa. Não é simples os jogadores que não jogam juntos, por mais que sejam muito bons, corresponderem ao mesmo nível dos que vêm jogando com mais sequência. Entendemos o que aconteceu dentro do Fla-Flu e recuperamos o nível já contra o Bragantino. Hoje, mesmo com uma equipe alternativa, a equipe conseguiu entender bem a forma de atacar e esperar os momentos certos. Em nenhum momento vi o time ansioso como vi contra o Fluminense".
. Mental na reta final: "Estou mais feliz do que nunca, fazendo o que eu amo. Quanto mais pressão, quanto mais as coisas são difíceis, mais eu desfruto desse trabalho. O difícil vai ser um dia não estar vivendo esse momento que estamos agora. É um privilégio viver essas duas finais que virão pela frente".
. Emerson Royal: "Na fase ofensiva, não tinha muita facilidade porque o Atlético-MG defende em linha de cinco. Na fase defensiva, algumas vezes ele sofreu. Isso temos que melhorar, ele tem que evoluir. A fase defensiva é o número 1 para um lateral. Ele tem que defender bem. O meu trabalho é fazer ele crescer nessa individualidade".
. Logística antes da decisão: "Tivemos várias reuniões para montar a melhor estratégia para viajar para Lima. Pensamos que, depois do jogo de hoje, era importante todos os jogadores voltarem para casa, dormirem com suas famílias, se despedirem das suas crianças, renovar as energias e também (estar) na frente da torcida. Achamos que era muito importante viver esse momento e agora começamos a desfrutar desse grande momento que é a final da Libertadores".

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