Fernando Diniz é o técnico do FluminenseLucas Merçon/Fluminense

Rio - Os problemas do Fluminense na bola aérea durante o empate em 2 a 2 com o Red Bull Bragantino, neste sábado, 13, estiveram em pauta na entrevista coletiva de Fernando Diniz. Os dois gols do Massa Bruta na partida vieram a partir de cruzamentos na área tricolor. Nesse sentido, o técnico destrinchou cada um dos lances e negou que o Flu tenha sofrido pela falta de um zagueiro de origem dentro de campo.
Em relação ao primeiro gol, Diniz ressaltou que o Flu tinha a posse da bola, mas cobrou o arremesso lateral "sem sentido nenhum". Na sequência, viu uma falta desnecessária do Tricolor, o que permitiu ao Massa Bruta alçar a bola na área.
"Se a gente for procurar uma solução fácil (sobre os gols sofridos para o Bragantino, em bolas aéreas), foi porque estávamos jogando sem zagueiro, mas não é assim. No segundo gol, até justifica. Se tivesse mais um zagueiro, talvez pudesse ter sido evitado. Mas, mesmo se tivesse zagueiro, teve um monte de coisa errada que a gente fez. No primeiro gol, era um lateral nosso no campo de defesa. A gente cobrou o arremesso lateral sem sentido nenhum, aí perdemos a bola, aí fizemos uma falta", afirmou Diniz.
"Nosso time estava mais um pouco mais baixo, pedi para evitar fazer falta desnecessária. Eles tinham um time alto, mas não foi um jogador alto, não tem nada a ver com ter zagueiros. Sasha antecipou no primeiro pau. Na Libertadores, contra o Botafogo, eles fizeram um gol parecido. Tínhamos alertado para bola no primeiro pau. Então, não teve nada a ver com zagueiro", completou.
Já em relação ao gol da virada, ele lembrou que, na origem do lance, o Fluminense buscou uma inversão de jogo desnecessária e demorou a recompor. Assim, confirme ele explicou, o Flu não preencheu a área e deixou a defesa numa situação de dois contra dois.
"No segundo gol, fizemos uma inversão desnecessária, depois o time todo demora a recompor, a área toda fica mal preenchida. Ficam dois zagueiros para dois atacantes. Houve um bom cruzamento, antecipação e o cara fez o gol. Talvez um zagueiro tivesse lido melhor a jogada e tivesse tirado, mas também poderia sair o gol", destacou o treinador.
"Se a gente faz o que era para ter sido feito, o cruzamento nem teria existido, nenhum nem outro. Vamos procurar ajustar. Para evitar gol de cabeça, a primeira coisa que você tem que fazer é evitar bola parada e evitar cruzamento. Depois, a gente ter uma área bem preenchida e estar muito atento para que os gols não saíam", concluiu.
Ao analisar a partida, Fernando Diniz elogiou o primeiro tempo do Fluminense, mas pontuou que era possível fazer mais gols. Além disso, disse que o ponto negativo foi tomar rapidamente a virada logo no retorno do intervalo.
"A gente jogou bem o primeiro tempo. Tivemos um aproveitamento, na questão de fazer gols, abaixo do que a gente pode... Poderia ter feito dois ou três a zero, mas só abrimos o placar no fim. O ponto negativo foi voltar e, em cinco minutos, a gente sofrer dois gols", analisou o técnico.