Fernando Diniz é o técnico do FluminenseLucas Merçon/Fluminense

Rio - Fernando Diniz explicou a evolução do Fluminense durante o segundo tempo na vitória sobre o Alianza Lima por 3 a 2, nesta quarta-feira (29), pela última rodada do Grupo A da Libertadores. O técnico contou que foi possível identificar o padrão de marcação da equipe peruana. Assim, buscou acelerar o Tricolor para conquistar os três pontos no Maracanã.
"Na realidade, deu pra identificar um padrão deles de marcação e onde a gente poderia explorar e como explorar. Uma das coisas era acelerar mesmo o jogo. Colocamos o Marquinho bem aberto e Keno do outro lado. O Arias e Ganso mais por dentro perto do John Kennedy e do Gano, mas o fator decisivo para as coisas acontecerem foi a velocidade na troca de passes. Eles marcaram muito bem no primeiro tempo. A gente tinha que acelerar. A gente estava numa velocidade menor do que precisava para furar", explicou Diniz.
O Fluminense sofreu o primeiro gol logo no começo do primeiro, numa jogada de escanteio. No retorno do intervalo, Keno deixou tudo igual no placar, mas o Alianza Lima voltou a ficar em vantagem. O Tricolor, porém, não se abalou e chegou à virada com gols de Marcelo e John Kennedy. 
"Eles tinham feito um gol numa jogada de bola parada, que treinamos muito ontem. O time deles tem cinco jogadores com mais de 1,80m. Então, sabíamos que era uma possibilidade. A gente estava fazendo de tudo para evitar escanteios e bolas mais próximas à área, mas acabamos tomando gol numa jogada que tínhamos mapeado".
"No segundo tempo, essa aceleração do ritmo do jogo dos passes e com jogadores um pouco mais agudos facilitou para a gente conseguir os gols. Depois, a gente fez o gol, virou o jogo e continuou acelerando de uma maneira um pouco sem necessidade. Fomos meio que na emoção para fazer o terceiro, quarto, e não precisava ser daquele jeito", disse o técnico.
Outro tema da entrevista coletiva foi Marcelo. O lateral-esquerdo atuou durante os 90 minutos e anotou um golaço após dar uma arrancada e tabelar com John Kennedy e Germán Cano. Ele já havia marcado um bonito gol na rodada passada, quando o Fluminense bateu o Cerro Porteño.
"Marcelo está um ano mais velho na idade cronológica, mas na prática parece que ele renovou uns três anos, ele está muito bem e não é só nos jogos, ele tá muito bem nos treinamentos. Ele termina a sessão de treino, continua ainda às vezes no campo brincando com os garotos e é um apaixonado, não sei se ele é um apaixonado pelo futebol, se ele é um apaixonado pela bola", afirmou o treinador.
"Isso contagia os outros, e ele está acrescentando muita coisa no nosso time. Não é uma surpresa pra mim fazer partidas como a de hoje, os gols que ele tá fazendo, ele tem feito coisas assim nos treinamentos e é muito bom ver um cara dessa qualidade ganhando alegria para jogar. Ter ele aqui é muito gratificante não só para o Fluminense mas para o futebol brasileiro porque é um cara extraclasse", completou.