Mário Bittencourt é presidente do FluminenseLucas Mercon / Fluminense
Mário confirma Fluminense na briga por Rony e revela que Zenit topou incluir Claudinho por Arias
Presidente falou sobre montagem do elenco para 2025
Rio - O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira para abordar algumas situações envolvendo o elenco do Tricolor para a próxima temporada. O mandatário explicou a situação envolvendo o atacante Rony, do Palmeiras, e afirmou que o clube carioca continua interessado no jogador.
"Fizemos uma primeira proposta, não foi aceita, fizemos uma segunda. Estou vendo as pessoas dizendo que ele ignorou o Fluminense. Muito pelo contrário. Ele quis ouvir a proposta. Nehum jogador do futebol brasileiro vai ignorar o Fluminense, temos três anos de salário em dia, imagem em dia. Disputamos quatro Libertadores, ganhou uma, estamos no segundo Mundial de Clubes. Nessa segunda proposta também não houve aceite e aí paramos a negociação. Não faremos mais daquilo que podemos fazer, dentro do nosso planejamento financeiro, não largaremos isso nunca. E foi isso. De lá para cá vi uma série de notícias que mantemos contato. O que acontece é: tem o aceite do Palmeiras e uma proposta na mesa. Se o jogador, que nos interessa, decidir aceitar a segunda proposta ou fazer uma contraproposta com algum ajuste, pode ser que sigamos. Mas nesse momento não existe nada. Se não acontecer, vida que segue e se acontecer, teremos o jogador aqui e seguir em frente", disse.
Mário Bittencourt fez muitos elogios ao atacante para justificar a insistência do Fluminense no jogador. A oferta do clube carioca por Rony seria de algo em torno de 8 milhões de dólares (cerca de R$ 48 milhões).
"A gente fez uma proposta para o Palmeiras, é um jogador que está monitorado por nós. Na minha opinião, da direção do futebol e comissão técica, um jogador com história no Palmeiras, maior artilheiro do Palmeiras na história da Libertadores, que tem 70 gols nos últimos quatro ou cinco anos. Ano passado, que não foi titular, jogou 63 partidas. Não se lesiona, tem menos de 30 anos", explicou.
Sobre a situação de Jhon Arias, Mário Bittencourt afirmou que por enquanto, o colombiano segue sem proposta. Em relação ao Zenit, que teve uma nova oferta recusada recentemente, o presidente citou que no meio do ano o clube russo chegou a um acordo com o Fluminense, em uma negociação que envolvia o empréstimo do apoiador Claudinho, mas o ídolo tricolor não deseja ir para a Rússia.
"Conversei com o Zenit, converso sempre com o diretor dele, me manda mensagems insistentes, pediu ajuda para convencê-lo a jogar lá. Mas ele não quer. Hoje não tem absolutamente nada. Não está treinando normal porque sentiu um desconforto, está fazendo tratamento. Em um momento o Zenit chegou num valor que não era interessante para o Fluminense. Daí eu contrapropus o Claudinho para que o Zenit pagasse pelo Arias, se ele quisesse ir e a gente trouxesse o Claudinho. E o Zenit aceitou emprestá-lo para nós por um ano, pagando parte da remuneração, com o Arias indo para lá comprado. Fluminense e Zenit chegaram num denominador comum que se perdêssemos o Arias, seria muito bom ter o Claudinho aqui. Mas o jogador (Arias) não quer ir e temos que respeitar o jogador também", contou.
Mais reforços
O que a gente deixou para esse primeiro ciclo, se tiver mais algum nome na cabeça da comissão técnica e scout e a direção do futebol entendem que são jogadores para, aí sim, serem titulares, o que chamamos de grandes oportunidades, podemos trazer mais uma ou duas novidades. No momento não tem nada, nem nenhuma possibilidade de saída. As negociações estão acontecendo, temos que manter o sigilo delas porque estão inflacionadas no futebol brasileiro. Os números mudaram, não só os nossos, mas de outros clubes. E continuamos trabalhando com austeridade. Todos os que compramos quitamos e os outros pagando as parcelas corretamente.
Avaliação do elenco
Perdemos o Diogo Barbosa, teve uma proposta melhor do Fortaleza. Vamos gastar dinheiro com um lateral ou vamos trazer um lateral de composição, experiente, com muita força física, caso do Renê? Foi uma escolha para deixar o lastro para de repente investir num atacante ou primeiro volante. O Martinelli também joga de primeiro. Se ele não sair, temos o Facundo, o Martinelli, que não é primeiro, mas joga de primeiro. Trouxemos o Hércules, temos o Lima, o Nonato. Então são jogadores que fazem a função e não podemos ter uma hiper população de jogadores no meio-campo. O Mano é muito experiente em montagem de elenco, está sendo muito cauteloso, sendo interessante trabalhar com a experiência dele. Ele nos pediu um time mais jovem, mais rápido, acho que conseguimos fazer isso. E agora são situações pontuais. E como não podemos sair enlouquecidamente fazer toda e qualquer contratação, fazemos uma avaliação de mais equilíbrio. Na lateral temos o Samuel e o Guga, que é mais jovem. Estamos equilibrados na lateral direita e na esquerda. Na zaga trouxemos o Freytes, o Ignácio tem menos de 30 anos, temos os dois Thiagos, o Manoel. Estamos equilibrados. No meio também e no ataque. A média de idade de contratações do ano passado foi de 28,9 e desse ano de 24,6. Deixamos esse lastro. Pode acontecer agora ou no meio do ano (investimento em contratações). A nossa folha neste momento está do mesmo tamanho do ano passado. Com as saídas e chegadas. Então estamos com um lastro de 10% que previmos no orçamento.
SAF
Falei sobre o tema em dezembro, em entrevista coletiva. De lá para cá, estamos envolvidos com a janela de transferências. O banco que nos assessora (BTG) segue na busca de um investidor, mas não houve atualização

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