Natan Chueng vem conquistando bons resultados para a Fratres nos principais campeonatos(Foto: @lunivers.athletics/IBJJF)
Faixa-preta brasileiro fala sobre vice no Europeu e projeta evolução; veja
Natan Chueng, atleta da equipe Fratres, começou temporada 2023 bem, mas quer seguir evoluindo de olho nos próximos desafios; veja a entrevista
Graduado faixa-preta em 2019 pelas mãos de Cícero Costha, mas formado no morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, Natan Chueng bateu na trave duas vezes nesse início de temporada. Porém, ao invés de lamentar, o hoje atleta da Fratres usa os vices no Europeu de Jiu-Jitsu 2023 e no GP até 75kg do Spyder BJJ, ambos para Andy Murasaki (Atos), como combustível para seguir crescendo.
No Europeu, realizado pela IBJJF em Paris, na França, a prata no peso-leve veio por um “detalhe”, conforme Natan Chueng revelou em entrevista à TATAME: “Acho que fiz uma ótima campanha até a final (do Europeu). Na decisão eu perdi por um detalhe. A luta tava 0x0 até o último minuto, mas no finalzinho fui com muita vontade, acabei me expondo e deixei a vitória escapar. Mérito do meu adversário também, claro”, analisou o faixa-preta, que uma semana depois recebeu um convite para disputar o GP até 75kg do Spyder BJJ / Chaance, na Coreia do Sul:
“Eu voltei para casa depois do Europeu e recebi esse convite. Estava exausto, cansado, mas mesmo assim aceitei o desafio. E foi algo muito gratificante. Minha primeira vez no Spyder BJJ, um evento que sempre acompanhei, em um país novo, com certeza uma ótima experiência apesar da derrota na final”.
No Grand Prix, Natan Chueng passou por Boncheol Koo e Jhonathan Marques – esta com uma linda finalização -, mas na luta pelo ouro, acabou parado novamente por Andy Murasaki. Na opinião do atleta da Fratres, os dois estão criando uma rivalidade saudável no Jiu-Jitsu. E com Pan, Brasileiro e Mundial pela frente, novos duelos podem surgir.
“Estava muito cansado na final do GP, mas isso não é desculpa, não sou disso. Eu poderia estar 100% e o resultado ser o mesmo. O Andy é um moleque duro, foram nossas duas primeiras lutas e ele conseguiu impor o ritmo dele. Mesmo assim, estou feliz com meu desempenho na Coreia do Sul. Obvio que eu não gosto de perder, não treino para isso, mas pude mostrar o meu Jiu-Jitsu para o mundo”, disse Natan Chueng, que completou sobre a rivalidade:
“Acho que sim (estamos criando uma rivalidade saudável). Isso é bom para o esporte, para os fãs. A categoria tem vários caras duríssimos, então preciso estar sempre pronto pra guerra, principalmente com campeonatos como o Pan, Brasileiro e Mundial da IBJJF pela frente”.
Atleta da Fratres desde o ano passado, Natan Chueng teve um crescimento notável a partir do momento em passou a integrar a equipe liderada pelo empresário e faixa-preta Daniel Affini, que além dele, conta com nomes como Rider Zuchi, Fernando Cantareira, Sábatha Lais, Amanda Magda, entre outras feras. Sobre sua adaptação e os treinos visando o resto da temporada, o jovem faixa-preta garantiu:
“Os treinos estão duríssimos. Eu precisava desbravar novos horizontes e a Fratres foi a escolha certa. Gostaria de agradecer de coração ao Daniel e sua esposa por fazerem isso acontecer. A galera aqui é muito unida, a gente tira o máximo um do outro, só tem fera no tatame. (…) O diferencial acho que são os treinos específicos de competição, onde reproduzimos aquilo que acontece na hora da luta mesmo”, revelou o carioca – hoje morando em São Paulo -, antes de encerrar:
“No Brasil é muito difícil ser atleta profissional de Jiu-Jitsu, as coisas são caras, passagens, alimentação, etc, e com a Fratres me apoiando eu consigo disputar as principais competições do mundo. Estou muito feliz com essa valorização da equipe para com os seus atletas e queria agradecer também os meus parceiros de treino”.
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