Duelos de algo nível vêm agitando o evento de Boxe(Foto: Divulgação)
Final antecipada na categoria até 63kg
No início do torneio do até 63kg, Haziel Santos, da Bahia, e Queila Braga, de São Paulo, fizeram um combate que valeu como uma final antecipada. Favoritas ao título do Brasileiro Elite, elas iniciaram a luta demonstrando muito equilíbrio, mas com vantagem da boxeadora baiana, que largou na frente por 4 a 1. Na sequência, Queila superou a rival pelo mesmo placar e deixou tudo empatado. Por fim, com os melhores golpes conectados, a paulista ficou com a vitória por 3 a 2. “A Haziel é uma atleta muito dura, jovem, tá em ascensão. Foi um “lutaço”, estratégica, inteligente, eu estava há um tempo sem disputar boxe olímpico, mas me senti muito bem e deu certo graças a Deus”, contou Queila.
Três nocautes marcaram a segunda sessão
O primeiro nocaute da segunda sessão saiu na luta entre o sergipano Edsley Santos e o mato-grossense Thiago Rosa, na chave até 92kg. Edsley partiu para cima do rival e levou a melhor por 5 a 0 no início do combate. Já na parcial seguinte, um cruzado de direita decretou o nocaute do atleta do Mato Grosso, dando à classificação ao representante do Sergipe. “Venho treinando bastante esses meses para realmente fazer isso. O foco é sempre esse, de nocautear no segundo ou no terceiro round”, comentou Edsley.
A situação se repetiu no confronto seguinte, entre o paraense Fabricio Costa e o mineiro Tony Santos. Depois de um golpe muito bem executado pelo boxeador do Pará, Tony caiu em nocaute, dando a classificação ao rival na primeira rodada. “A gente vem trabalhando faz muito tempo. Passei a semana treinando, focado, fiz o que eu tinha que fazer e fui abençoado graças a Deus para sair com a vitória”, celebrou Fabricio. Por fim, o terceiro e último nocaute ocorreu na disputa feminina do até 75kg, onde Deborha Oliveira, de Mato Grosso, bateu a roraimense Raynãa Fernandes logo no primeiro assalto. “Tô muito feliz com o meu resultado, eu participei do Campeonato Brasileiro em 2019 e fiquei em terceiro lugar. Esse ano eu vim com força, quero chegar no primeiro e vou lutar por isso”, relatou Deborha.
Outras lutas no masculino
No primeiro combate da segunda sessão, Ramon da Conceição, da Bahia, entrou no ringue para encarar Luis Andersson Freitas, do Distrito Federal. Ele faz parte da seleção brasileira de boxe e é o atual primeiro reserva de Luiz Oliveira, atleta que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Na sua luta de estreia, Ramon iniciou encaixando os melhores golpes e levando a melhor nos dois rounds iniciais por unanimidade. Tocando mais vezes no seu adversário, o baiano se saiu vitorioso no placar de 5 a 0. “Gostei da luta, estava tentado impor o ritmo, agora tem mais quatro pela frente. O foco é sair daqui campeão, trabalhei muito para isso e esse ano, com fé em Deus, vou sair campeão”, analisou Ramon.
Ainda na categoria até 57kg, o carioca Marcos Thierry Silva começou com um volume de golpes intenso sobre o mineiro Amarildo Junior. Sem dar espaço para o seu adversário, Marcos obrigou a arbitragem interromper a luta no primeiro assalto e decretar a vitória do boxeador do Rio de Janeiro. Na sequência, abrindo a chave até 71kg, Eduardo Santos, de São Paulo, e Lucas Kraemer, de Pernambuco, subiram no ringue do Ginásio Nilson Nelson. Encaixando as melhores investidas, Eduardo iniciou os primeiros rounds com triunfos por unanimidade, encaminhando sua classificação à próxima fase. Depois, outra paralisação do juiz deu a vitória ao atleta paulista.
No duelo seguinte, Rikson Miranddete, de Santa Catarina, começou superior contra Ítalo Barbosa, do Distrito Federal, e levou o primeiro assalto na decisão dividida em 3 a 2. Porém, o que se viu na sequência foi um amplo domínio do boxeador catarinense, que venceu os dois próximos rounds e sacramentou o resultado em 5 a 0. Logo depois, foi a vez do roraimense Guidson Araújo entrar em ação. Com um volume de golpes intenso, ele não deu chance ao goiano Marcos Faria, fazendo com que a arbitragem interrompesse a luta logo no primeiro assalto e encerrasse a disputa.
Seguindo para a categoria até 92kg, Alef Alves, do Ceará, iniciou o combate contra Júlio César Carpanini, de Roraima, vencendo o round inicial por 4 a 1. Alef subiu o ritmo na sequência e decretou seu triunfo após paralisação da arbitragem no segundo assalto.
Início das lutas no feminino
Na primeira luta da chave feminina, Andressa Santos, do Espírito Santo, e Ana Vasconcelos, do Ceará, se enfrentaram pela categoria até 50kg. Em uma disputa sacramentada na decisão dividida por 3 a 2, Andressa saiu com a vitória e a vaga na próxima fase. “Tô muito feliz pelo resultado, era meu sonho tá aqui, começar com uma vitória é muito gratificante”, destacou Andressa. Já na abertura do 54kg, a cearense Dagiliana Alves abriu sua campanha impondo um forte volume de combate sobre a tocantinense Thaiany Borges. Mesmo com uma menor envergadura, ela encurtou a distância e emplacou diversos golpes para ficar com o triunfo por unanimidade.
Seguindo na disputa entre as mulheres, agora no até 57kg, a catarinense Yasmin Silva começou dominando sua adversária, a goiana Ana Alencar, e vencendo o round inicial por decisão unânime. Depois, o ritmo intenso continuou, o que obrigou a árbitra interromper o combate e decretar vitória para a atleta de Santa Catarina. Na luta seguinte, a paulista Grayce Oliveira teve o mesmo resultado. Ela se sobressaiu no primeiro assalto por unanimidade e sacramentou seu triunfo depois da paralisação realizada pelo juiz.
Rafaela Marques, a Rafinha, entrou em cena na 13ª luta da sessão. Atual reserva de Jucielen Romeu na seleção brasileira, a roraimense não tomou conhecimento da pernambucana Paula Silva e saiu com a vitória por RSC no round inicial. “Tô muito feliz, ganhei por RSC, vim para ser campeã brasileira e esse título vai ser meu esse ano”, disse Rafaela. Fechando a chave até 57kg, Maria Eduarda de Jesus, da Bahia, aplicou os melhores golpes no início do confronto e saiu vencendo por 4 a 1 contra Samira Silva, do Rio de Janeiro. Ela repetiu o placar na parcial seguinte e, posteriormente, encaminhou seu triunfo na decisão dividida.
Outra primeira reserva da equipe do Brasil subiu no ringue nesta terça-feira (11). Rebeca Lima, sparring oficial da medalhista olímpica Beatriz Ferreira no 60kg, encarou a sul-mato-grossense Andressa Araújo. Com um início avassalador, a carioca saiu com a vaga já no round inicial, em luta que foi finalizada por RSC. “A primeira luta é sempre aquela luta para quebrar o gelo, a gente começa a sentir o ringue, sentir o corpo, e vai achando o caminho mais devagar”, analisou Rebeca. Já no segundo duelo da categoria, Mirelly Alves, de Pernambuco, começou com um ritmo forte e levou o primeiro assalto por decisão unânime. Depois, ela viu a sergipana Victoria Barbosa equilibrar a disputa, mas terminou com a vitória pelo placar de 4 a 1.
Mais tarde, foi a vez de um confronto de gerações: a carioca Paloma Lemos, de 19 anos, enfrentou a sul-mato-grossense Mônica Conceição, de 40 anos de idade. Com mais disposição e capacidade atlética, Paloma largou em superioridade nos primeiros dois rounds. Mônica reagiu na parcial seguinte e, mesmo com a derrota por 4 a 1 no placar total, vendeu caro o resultado para a atleta do Rio de Janeiro. Este foi o último torneio nacional da carreira da boxeadora do Mato Grosso do Sul.
Ainda na chave até 63kg, Tamires Menezes, do Rio Grande do Norte, mediu forças com Rusneane Santos, de Sergipe. A disputa seguiu equilibrada nos primeiros assaltos, com um triunfo por 4 a 1 de cada lado. Depois, Tamires foi levemente superior e sacramentou sua classificação à próxima fase da competição. Diferente da luta anterior, a mineira Bianca Franco sobrou do início ao fim e confirmou sua vitória no terceiro round sobre a catarinense Jamile Barros, quando o juiz interrompeu o combate e decretou RSC.
No último duelo do dia, pela categoria até 75kg, a baiana Samara Santos aplicou os principais golpes sobre a sul-mato-grossense Amália Pereira e levou o round inicial por 4 a 1. Depois, o domínio seguiu e, mesmo com um ponto perdido, ela venceu o segundo assalto por unanimidade. No fim, mais uma decisão unânime definiu a classificação da atleta da Bahia. “Meu primeiro Brasileiro Elite, foi uma sensação muito boa, sentir a adrenalina, e glória à Deus que eu consegui a vitória”, comentou Samara.
Nocaute marca a abertura do Brasileiro Elite 2024
Na primeira luta do dia, Alecsandro Oliveira, da Paraíba, conseguiu conectar os principais golpes e levar o primeiro round por decisão dividida em 4 a 1. Depois, Heitor Phelippo, de Minas Gerais, reverteu a situação e igualou a disputa com um triunfo por 3 a 2. Já no assalto decisivo, Heitor sacramentou a virada no confronto da categoria até 51kg e avançou à próxima rodada.
Após o combate que abriu a edição de 2024 do Brasileiro Elite, iniciaram as lutas da chave até 63,5kg. No primeiro duelo, o atleta Breno Galdino, do Acre, dominou seu adversário no round inicial, o mato-grossense Eliseu Sousa, e venceu a parcial por unanimidade. O roteiro se repetiu nos dois assaltos seguintes, onde Breno acertou um lindo cruzado de esquerda e nocauteou o seu rival para ficar com a vitória. “É uma sensação muito maravilhosa, ter sido o primeiro a nocautear no Campeonato Brasileiro de 2024, só tenho a agradecer e que eu venha pras próximas lutas mais forte ainda”, comemorou Breno Galdino.
Na sequência, o pernambucano Paulo Souza largou em vantagem sobre o goiano Taironi Santana por decisão dividida dos juízes em 3 a 2. Taironi passou a encaixar mais golpes e conseguiu o empate na parcial seguinte, também pelo placar de 3 a 2. No fim, domínio total do boxeador de Goiás, que venceu o terceiro round por unanimidade.
Finalizando as disputas da categoria até 63,5kg, Zacarias Ribeiro, do Rio de Janeiro, iniciou sua campanha impondo um ritmo avassalador sobre Neyviton Santana, de Sergipe. Com inúmeros golpes bem encaixados, o carioca fez com que a arbitragem abrisse contagem para o seu adversário e encerrasse o combate logo no primeiro assalto.
Combates no 80kg
Abrindo a chave até 80kg, também no masculino, Ademilson Junior, de Sergipe, e Luiz Dias, do Espírito Santo, subiram no ringue do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Mostrando uma postura mais ofensiva, Ademilson levou os dois rounds iniciais por decisão unânime. Logo depois, ele seguiu encaixando os melhores golpes do combate, o que obrigou o juiz a encerrar a luta antes do fim do terceiro assalto.
Na sequência, o pernambucano Gabriel de Oliveira começou a luta aplicando as melhores investidas sobre o rival, o mato-grossense Victor Aguiar, e saindo na frente por 5 a 0. Ele continuou com um ritmo forte, não dando espaço para qualquer início de reação do seu adversário. Dessa forma, Gabriel se saiu vitorioso por decisão unânime da arbitragem.
Daniel Pereira, de Goiás, iniciou melhor no combate contra Lucas Diniz, do Rio de Janeiro, superior e levou a melhor no round inicial por 5 a 0. Depois, Lucas entrou de vez na luta e superou o seu adversário na decisão dividida em 3 a 2. Seu bom momento continuou no assalto seguinte e o atleta carioca triunfou por unanimidade, o que o deu a vitória pelo placar de 3 a 2.
Já no último confronto da sessão da manhã, Maksuel Santos, representante da Paraíba, largou na frente sobre Gustavo Araújo, de Santa Catarina, e venceu de maneira unânime nos dois primeiros rounds. Com os golpes de melhor conexão, Maksuel sacramentou o resultado ao seu favor em 5 a 0. “Começamos o Campeonato Brasileiro com o pé direito, ou com a mão direita, e vamos para a próxima. Dia 13 tem mais”, contou o boxeador da Federação Paraibana.
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