Professor vem transformando a vida de jovens através do Jiu-Jitsu(Foto: Reprodução)

Desde 2016, o professor de Jiu-Jitsu Maxsuel Lourenço comanda o Instituto Jiujiteiros do Bem, projeto social que já impactou a vida de mais de 200 jovens. Localizado em uma região cercada pelo assédio do tráfico de drogas, o trabalho de Max se tornou um caminho seguro e promissor para crianças e adolescentes, abrindo portas inclusive no cenário internacional.
Entre os talentos formados pelo projeto estão Júlia Maciel de Carvalho e Luan Martiniano. Júlia, que começou aos 11 anos sem experiência no tatame, se tornou a primeira mulher faixa-preta da história do instituto e já representou o jiu-jítsu brasileiro em competições na Europa, Oriente Médio e Estados Unidos. Luan, hoje com 18 anos, iniciou no projeto ainda criança e já acumula participações em campeonatos na Europa e atua nos tatames americanos. Ambos são exemplos de superação e inspiração para os mais novos.
Além de formar atletas, Max segue firme como competidor. Desde 2018, viaja regularmente para disputar torneios fora do Brasil, com passagens por Portugal, Itália, França e Estados Unidos. Em julho deste ano, embarcou para Austin (Texas) para lutar e acabou prolongando a estadia:
“Vim para disputar um campeonato e surgiu a oportunidade de ficar por mais cinco meses. Estou aproveitando para me aprofundar no inglês e voltar com bastante conhecimento para meus alunos”, afirma Max.
A temporada nos EUA tem sido de ouro. No Austin Summer International, em 13 de julho, Max finalizou suas duas lutas. Já no Dallas Summer, disputado em 3 de agosto, foi campeão tanto na categoria quanto no absoluto, derrotando inclusive o número 1 do ranking mundial na categoria leve — resultado que o colocou entre os melhores do mundo.
Com treinos manhã e tarde, descanso e estudos à noite, e o apoio de um amigo que patrocina suas participações, Max está vivendo um ciclo de alto rendimento. Mais do que medalhas, cada título conquistado serve de exemplo para seus alunos.
“Quando eles veem onde eu cheguei, entendem que também é possível para eles. Júlia, Luan e tantos outros são a prova disso. O jiu-jítsu transforma vidas”, conclui.
Do tatame no Rio às arenas internacionais, o professor Max e seus alunos seguem mostrando que, no esporte, determinação e oportunidade caminham lado a lado.