Tóquio - Chegou a vez de Gabriela Chibana. Sparring da seleção brasileira feminina de judô em Londres-2012 e Rio-2016, a paulista será a primeira representar do país a entrar em ação, na categoria peso-ligeiro (48kg) nas Olimpíadas de Tóquio, no sagrado dojô do Nippon Budokan, construído para os Jogos de 1964, a partir das 23h desta sexta-feira, contra Harriet Bonface, do Malawi.
Gabriela começa sua jornada no lar de seus ancestrais. Sua família é de Okinawa, cidade localizada ao sul do Japão. Em 'casa', a judoca não esconde o orgulho das raízes nipônicas. O primo Charles foi o primeiro a representar o clã Chibana nos Jogos Olímpicos do Rio. Tradição na família, muitos parentes serviram de sparring para a atleta durante a pandemia do novo coronavírus, período que ela ainda coincidiu com a faculdade de Enfermagem.
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"O fato de minha família ser de Okinawa me dá um sentimento de pertencimento, me sinto parte da cultura do Japão. É um orgulho disputar os Jogos no Japão", disse a judoca, .
Depois de muita espera e preparação, chegou a hora de trocar o jaleco pelo quimono, inspirada na amiga Sarah Menezes, Sarah Menezes, medalha de ouro nos 48 kg nos Jogos de Londres e de quem Gabriela foi sparing em 2012.
"Eu tenho a Sarah como exemplo de atleta. Ter visto ela ganhar o ouro em Londres para mim foi incrível, pois tentei ajudá-la de alguma forma. Ela me desejando boa sorte e sou muito grata por isso. O judô tem isso de ajudar o outro, faz parte do nosso esporte, e receber este apoio de alguém como ela foi muito importante para mim", disse Gabriela, integrante do Time Ajinomoto em Tóquio.
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Vale destacar que o judô é o esporte individual que mais deu medalhas olímpicas para o Brasil: 22, sendo quatro de ouro, três de prata e outras 15 de bronze.
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