São JanuárioDaniel Ramalho / Vasco

Rio - O Vasco segue sem poder mandar jogos em São Januário com público na temporada. Na última semana, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve a proibição, após votação que foi desfavorável ao Cruz-Maltino. Em decisão contrária ao clube carioca, a desembargadora Renata Cotta culpa o Vasco pelo atraso na perícia técnica que tem como objetivo mostrar que o estádio teve medidas de segurança implementadas que possibilitem o retorno dos torcedores ao local. 
"O fato é que a perícia técnica determinada pelo juízo de origem na decisão agravada ainda não foi realizada, tendo a expert nomeada apresentado seus honorários em 22.08.2023, uma vez que, somente em 31.07.2023, o aqui agravante cumpriu com o comando judicial e apresentou os quesitos a serem respondidos/esclarecidos pela profissional designada. Assim, observa-se que a justificada demora na confecção do laudo pericial decorre inexoravelmente do atuar do ora recorrente na 1ª instância, porquanto, conforme se colhe da simples leitura do decisum objurgado, o prazo determinado pelo juízo para sua entrega somente seria deflagrado com a apresentação dos quesitos pelos litigantes, o que, como visto, ocorrera há menos de 30 dias", relatou a desembargadora no acórdão, que o portal "GE" teve acesso. De acordo com o site, os honorários pedidos para que a perícia seja realizada são de quase R$ 1,4 milhão.
O Vasco está proibido de ter público em São Januário desde a derrota para o Goiás por 1 a 0 no dia 22 de junho. Na ocasião, torcedores do clube carioca revoltados com a exibição do Cruz-Maltino jogaram sinalizadores no campo. Após a punição, o clube carioca mandou alguns jogos sem público no local, e mandou com público no Maracanã na vitória sobre o Atlético-MG por 1 a 0. O Vasco recorreu da decisão do TJ-RJ para o STJ.