Apenas no primeiro semestre, com a necessidade de montar um grupo quase do zero, Vasco gastou cerca de R$ 100 milhões em 16 nomesDaniel Ramalho/Vasco
Com mais dinheiro para contratações, Vasco tem lição de 2023 para aprender
Em ano com maior valor gasto em compra de jogadores, Cruz-Maltino deixou muito a desejar
O Vasco aposta em mais um aporte milionário em 2024 para trazer jogadores de peso e brigar com os principais clubes para reforçar um elenco que deixou muito a desejar em 2023. Mas ter à disposição R$ 270 milhões não é garantia de um bom trabalho na formação do grupo, como a própria SAF cruz-maltina aprendeu.
Em meio a uma reformulação completa com o retorno à Série A e a chegada oficial da 777 Partners ao comando do futebol, o Vasco apostou alto e contratou ao todo 25 jogadores ao longo do ano. Com cerca de R$ 115 milhões gastos, foi o ano com o maior investimento em contratações, mas não necessariamente bem gasto.
Somente no primeiro semestre, com a necessidade de montar um grupo quase do zero, o Vasco gastou cerca de R$ 100 milhões em 16 nomes. Somente Léo Jardim e Lucas Piton terminaram a temporada como titulares absolutos, com Puma Rodríguez, Paulo Henrique, Léo, Jair e Robson também tiveram espaço.
Por outro lado, os outros nove contratados não foram tão bem, como os dois principais nomes, que não funcionaram: Pedro Raul marcou apenas nove gols e saiu em baixa em julho, para o Toluca, do México. E a grande aposta, que foi Orellano, não conseguiu se firmar em momento algum e terminou o ano machucado e com apenas 23 partidas.
"O Vasco não merece isso, e ano que vem a gente vai fazer diferente. Nossa filosofia é ser competitivo, vamos continuar buscando isso. A gente quase quadruplicou o valor do nosso time. Tudo acontecer dentro de um ano é muito complexo. Foram decisões rápidas, e a maioria acertada", avaliou o CEO do Vasco, Lucio Barbosa.
Na janela do segundo semestre, com o desespero da luta contra o rebaixamento e a necessidade de encorpar o elenco, o Vasco trouxe mais nove jogadores, desta vez com mais precisão. Cinco deles se tornaram titulares e importantes para a arrancada: Maicon, Medel, Paulinho, Praxedes e Vegetti.
E outros dois, Payet e Serginho, também se mostraram decisivos em alguns jogos. Só mesmo Jefferson e Sebastián não funcionaram. Tudo isso gastando menos: apenas R$ 12 milhões nessas contratações, um sinal de que quantidade e preço não significam qualidade.
Goleiros: Ivan e Léo Jardim (1ª janela de transferências);
Zagueiros: Léo, Robson e Capasso (1ª); Maicon e Medel (2ª janela);
Laterais: Lucas Piton, Pumita Rodríguez e Paulo Henrique (1ª); Jefferson (2ª);
Meios de campo: De Lucca, Mateus Carvalho, Andrey, Jair, Carabajal (1ª); Paulinho, Praxedes e Payet (2ª);
Atacantes: Orellano, Pedro Raul e Rwan Cruz (1ª); Serginho, Sebastián e Vegetti (2ª).
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