Rafael Paiva, técnico interino do VascoLeandro Amorim/vasco

Rio - Técnico interino à frente do Vasco na reta final do primeiro turno do Brasileirão, Rafael Paiva já somou sete pontos em quatro jogos e deu novo gás para equipe na luta para se distanciar da zona de rebaixamento. Contando com o apoio da diretoria, o profissional, após a vitória sobre o Fortaleza nesta quarta-feira (3), pelo Brasileirão, mostrou que está pronto para assumir o trabalho.
"Me sinto cada vez mais pronto. Estou sempre à disposição do Vasco para o que o Vasco achar que tem que ser. Estou aqui para ajudar e cada vez me sinto mais confiante para fazer as coisas com os jogadores. A sinergia está sendo muito boa", afirmou Paiva.
Em campo, o Cruz-Maltino fez valer a superioridade numérica no gramado desde os 39 minutos do primeiro tempo e aproveitou as chances que teve. Mateus Carvalho e Vegetti marcaram no 2 a 0 em São Januário.
"A gente não merece estar no Z-4. A gente tem trabalhado e se esforçado para sair do Z-4. A gente tem equipe para brigar lá em cima. Cautela, a gente não vai chegar de qualquer forma. É buscar passo a passo. Distanciar do Z-4, alcançar a sul-americana, brigar lá na frente. O mais importante é o Vasco jogar, voltar ao DNA do Vasco e pontuar para tentar brigar lá em cima", disse o interino.
Agora, a equipe vai para um grande desafio fora de casa. O próximo compromisso será no domingo (7), contra o Internacional, fora de casa, e Rafael Paiva fez questão de destacar os problemas que terá para armar a equipe titular por conta de suspensões e possível desfalque de Payet por lesão.
"Comentei com os jogadores, 4 desfalques importantes. A gente precisa fazer com que o grupo evolua, é oportunidade para outros jogadores demonstrarem potencial. Em alguns momentos fomos criticados como equipe e estamos resgatando a torcida, que faz diferença, principalmente em São Januário. Momento de outros jogadores darem a volta por cima. Serem oportunizados para mantermos o padrão, pontuar. Tento olhar pelo lado bom."
"O Payet teve um desconforto na posterior da perna esquerda. A princípio, não parece ser nada grave. O Payet conhece bem o corpo, não quis arriscar. A gente precisa ter o Payet por mais jogos em sequência. A gente vai ver o que foi de fato e no dia a dia vamos ver para saber se poderemos contar com ele contra o Inter", completou.

Veja outras respostas de Rafael Paiva:

Força no meio-campo
"A gente questionava muito a falta de, em alguns momentos, a bola passa pelo meio para qualificar a saída. A gente detectou e cobrou deles, e responderam bem. A dupla Hugo e Mateus conseguiu ajustar o equilíbrio de jogar e defender bem. O JP é qualificado também, assim como os outros. Ele entrou bem, consegue dar qualidade ao jogo ofensivo e também consegue defender. É isso que a gente precisa para ficar sólido ao longo do jogo."
Vegetti brilhando
"Ele fez mais um grande jogo. É um jogador que percebo que está se desenvolvendo. Não fica só de pivô, entre zagueiros. Hoje, movimentou bastante, atacou o corredor lateral. A equipe está buscando outras formas de fazer o gol e o Vegetti está evoluindo neste sentido. Teve cruzamentos que nem na área ele estava porque atraiu marcadores para fora. E demonstra o quanto ele é qualificado e diferente. Tem contribuído muito defensivamente. Está num nível muito top e tem agregado muito ofensivamente, não só com os gols mas com toda a parte tática."
Superioridade no duelo em São Januário
"oram jogos diferentes. O primeiro jogo no Castelão a gente sabia a força do Fortaleza. É uma equipe organizada, o Vojvoda faz um trabalho fantástico. No primeiro jogo, o Fortaleza foi muito superior. A gente mais defendeu. O segundo jogo aqui foi mais equilibrado, muita 'trocação'. E este jogo já demonstra o quanto a gente tem evoluído, a gente soube sofrer sem tomar tantas finalizações, e é muito difícil fazer isso diante do Fortaleza. A gente conseguiu quebrar pressão, construir, concluir mais jogadas. Sofremos muito no primeiro, teve muita 'trocação' no segundo e equilibramos no terceiro."
Planos com Coutinho?
"Eu realmente tenho só focado nos treinos, nos atletas que tenho agora. Falo que o trabalho é com o grupo que eu tenho. Deixo essa parte para quem cabe, não cabe a mim. Claro que a gente ouve algumas coisas, mas não tenho nada claro. O grupo é talentoso, está sofrendo, mas tentando dar a volta por cima. O foco é no elenco, nos meninos que estão subindo. É isso que vou trabalhar."