Rafael Paiva, técnico do VascoLeandro Amorim/Vasco
Após passeio do Fortaleza, Rafael Paiva admite: 'O Vasco não vem fazendo bons jogos'
Treinador reconheceu oscilação da equipe e lamentou a derrota por 3 a 0
Rio - Após o Vasco ser totalmente dominado na derrota por 3 a 0 para o Fortaleza, na noite deste sábado (9), no Castelão, o técnico Rafael Paiva admitiu que o desempenho da equipe vem deixando a desejar. Em entrevista coletiva, o treinador lamentou o segundo resultado negativo seguido e falou em "oscilação coletiva" por parte do time carioca.
"A gente precisa buscar alguma alternativa para fazer as coisas aconteceram, principalmente (buscar) os pontos. A gente precisa voltar a pontuar. Dois jogos a gente já fica muito incomodado. Vamos ter um período maior para perceber o que pode fazer e fazer um bom jogo contra o Inter em casa", declarou Paiva.
"Eu acho que a gente tem oscilado com todos os jogadores, acho que o Vasco não vem fazendo bons jogos. Nesses dois últimos jogos a gente oscilou um pouquinho. São duas equipes que estão brigando pelo título, eu acho que isso não é desculpa, mas é difícil jogar nesse nível. Eu acho até que em alguns momentos a gente conseguiu fazer algumas coisas do que era o nosso plano de jogo pelo lado direito, e o Fortaleza neutralizou bem. Eles deixaram a gente até ficar com a bola no primeiro momento, mas trancaram muito bem o lado", completou.
Apesar do desempenho aquém do esperado, o treinador vascaíno evitou culpar jogadores individualmente por conta do resultado.
"Eu acho que a gente conseguiu entrar em alguns momentos. Mas a gente não fez uma boa partida, como a gente não fez contra o Botafogo. Mas eu acho que a oscilação de falar que é um ou dois é injusto. Eu acho que a oscilação é coletiva, né? Em momentos do jogo a gente consegue, a gente flui, o nosso jogo vai, mas a gente não tem feito o gol. De novo, tomamos o gol no início do jogo, né? Que dificulta muito a estratégia até o final. Você fica no limite do erro mais uma vez e eu acho que a oscilação foi da equipe. Não acho que foi só do Puma ali", disse o técnico.
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"A respeito da estrutura, eu acho que sim (pode mudar), que é importante a gente pensar agora. A gente até falou no vestiário, é o momento que a gente tem que mudar alguma coisa para a gente tentar buscar. A gente está tentando manter estrutura e mudar alguns jogadores, mudar o tripé do meio, tentando buscar alguma coisa que fez a gente chegar onde a gente está hoje, na primeira página do campeonato por muitas rodadas. Então a gente fez por merecer estar, só que agora a gente tem cinco jogos que são muito importantes, a gente não pode deixar escapar uma competição sul-americana."
"Essa pausa da Data Fifa vai ser boa para a gente tentar buscar alguma coisa para mudar, já temos um jogo difícil contra o Inter, acho que é a maior sequência invicta do Campeonato Brasileiro, a equipe que está menos oscilando na competição é o Inter. Então vai ser o terceiro jogo do nível muito difícil. E a gente vai tentar buscar o que a gente tem que fazer. Se é na estrutura, se são nos jogadores, mas a gente vai tentar buscar alguma coisa para fazer um bom jogo contra o Inter."
"O Puma fez bons jogos ali, onde ele está jogando, é um jogador que dá para a gente profundidade, é um cara que tem bate de média distância, ele pisa dentro da área, para no segundo pau do lado contrário. Então, é um jogador que nos dá algumas alternativas ofensivas que é muito interessante."
"Eu acho que os erros individuais, quando sai um gol, é muito fácil a gente julgar um jogador ou outro jogador. Eu acho que a gente está tentando buscar coletivamente criar mais situações de gol. A gente sabe que o Vegetti é um jogador que necessita de bola aérea, mas já passando 33 rodadas todo mundo se estuda muito. A gente percebe o quanto ele é marcado dentro da área. A gente tem tentado buscar alternativas para a gente não ter, não necessitar só do Vegetti para fazer o gol. Eu acho que a gente precisa de mais coletivamente se a gente quer vencer os jogos. A gente está tentando. Quanto aos erros individuais, eles acontecem e eles ficam mais escancarados quando sai um gol. Mas eu acho que a gente tem que melhorar em todos os aspectos. Não é só individual, ter um pouco mais de equilíbrio defensivo."
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