A fabricação da pomada Cassu Braids é terceirizadaAnvisa - Reprodução

Guapimirim – Consumidores de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e de outras partes do Brasil precisam ficar atentos: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nessa sexta-feira (6/1), a produção, venda e utilização da pomada modeladora para cabelo Cassu Braids Cassulinha Cabelos. O produto é utilizado para fazer trancinhas.
De acordo com o órgão regulador, a pomada capilar estaria causando intoxicação ocular, com inchaço nas pálpebras, dor nos olhos e dificuldade de enxergar após os consumidores lavarem o cabelo.
Além disso, a empresa fabricante do produto está com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) inativo desde abril de 2021, por omissão de declarações, perante a Receita Federal. Trata-se da Microfarma Indústria e Comércio Ltda., com sede em Magé, na Baixada Fluminense.
A produção da referida pomada capilar é terceirizada, sendo comercializada pelo Instituto Cassulinha Cabelos Comércio e Serviços Ltda., com sede em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense. O CNPJ da empresa distribuidora está regular perante a Receita Federal.
A agência governamental determinou que tanto a pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos quanto outros itens fabricados pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda. sejam recolhidos e que os clientes que ainda tiverem o produto em casa entrem em contato com a distribuidora para reaver o dinheiro pago.
Nas redes sociais, Thaysa da Paixão, proprietária do Instituto Cassulinha, se pronunciou em vídeo acerca do assunto. Ela criticou a decisão da Anvisa de querer “pegar alguém para Cristo” e que o produto tem registro no órgão, o que foi checado pelo DIA.
A empresária chamou atenção para o fato de que a Microfarma tenha conseguido registrar abrir um processo para registro da pomada ante a Anvisa em 2022, mesmo estando com CNPJ suspenso desde 2021.
Ainda segundo a dona do Instituto Cassulinha, o dono da Microfarma faleceu, e os negócios da família foram assumidos pelos filhos, mas havia “pendências documentais” junto ao órgão tributário.
Thaysa da Paixão também disse que qualquer pomada poderá causar irritação nos olhos, mas que o problema seria reversível. Também frisou que pretende buscar outra fábrica para continuar produzindo o material.