Profissionais de saúde de Guapimirim se reúnem para falar sobre combate à hanseníaseSecom PMG - Divulgação

Guapimirim – Enfermeiros e outros profissionais de saúde de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, participaram de uma capacitação sobre a importância do diagnóstico e combate à hanseníase. O encontro aconteceu no auditório da prefeitura nesta quinta-feira (19/1).
O evento faz parte do Janeiro Roxo, campanha de conscientização sobre a hanseníase que ocorre ao longo do mês de janeiro em todo o país.
“Janeiro é o mês dedicado à conscientização e ao controle, ao diagnóstico precoce e ao tratamento da hanseníase, uma doença que, mesmo negligenciada, é uma realidade em nosso país. Precisamos ficar atentos aos sinais da doença! Verifique em todo o corpo se existem manchas esbranquiçadas, caroços avermelhados ou castanhos. Caso haja, toque e verifique se estão dormentes ou se a sensibilidade é diferente”, orientou a coordenadora de Vigilância em Saúde de Guapimirim, Sabrina Santana.
O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase registrados em todo o mundo, ficando atrás somente da Índia.
Entre 2016 e 2020, a nação sul-americana registrou 155.359 novos casos de hanseníase, sendo que desse total, 86.225 em pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 55,5% do total. Isso segundo o Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2022 divulgado pelo Ministério da Saúde.
Em 2018, 80% dos casos dessa doença se concentravam na Índia, no Brasil e na Indonésia, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que lista a hanseníase como uma das mais 20 doenças tropicais negligenciadas.
A hanseníase é uma das enfermidades mais antigas do mundo. O tratamento é realizado à base de antibióticos e corticoides e varia de seis meses a um ano. Se a doença for tratada precocemente, é possível evitar a demência.
Veja os possíveis sinais e sintomas da hanseníase, de acordo com o Ministério da Saúde:
* Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato).
* Comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
* Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
* Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés.
* Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés.
* Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Os sintomas podem incluir feridas, sangramento e ressecamento no nariz, pele seca e olhos ressecados.
No último domingo do mês de janeiro são celebrados o Dia Mundial contra a Hanseníase e o Dia Nacional de Combate à Hanseníase. Em 2023, essa data será o próximo dia 29.
Em Guapimirim, por exemplo, é possível buscar atendimento em qualquer unidade de saúde. Após exame, se confirmada a enfermidade, o paciente será orientado para um serviço especializado e passará a receber mensalmente um coquetel de medicamentos, os quais são disponibilizados pelo Serviço Único de Saúde (SUS).
É importante que outras pessoas da mesma família e/ou residência, com convívio próximo ao portador de hanseníase, também façam o exame. Quanto mais rápido houver o diagnóstico, mais rápido e eficaz será o tratamento em prol da cura.