Imagem ilustrativa de uma pessoa com rosto encapuzado, segurando um cartão de crédito e um celularFoto: Freepik - Creative Commons - Uso gratuito

Guapimirim – As pessoas, quando compram um celular, costumam se preocupar em transferir fotos, vídeos e aplicativos de um aparelho para o outro, além de colocar uma película e uma capa para proteger contra quedas e arranhões, mas deixam de lado o essencial: a segurança.
Não basta colocar uma senha ou impressão digital para desbloquear a tela. É preciso ir muito além, porque envolve o acesso a dados pessoais e sensíveis, desde mensagens privadas, fotos íntimas e aplicativos de bancos.
Quando se compra um smartphone, umas das primeiras coisas que deveria ser feita é anotar o IMEI (identificação internacional de equipamento móvel, na sigla em inglês). Cada entrada de chip tem um. Logo, conclui-se que num telefone com duas entradas, são dois IMEI. Esse identificador serve para bloquear e inutilizar o aparelho.
O IMEI do smartphone pode ser encontrado ao digitar *#06# – como se fosse ligar para alguém – ou ir nas funções de configurações ou ajustes do telefone. Por meio desses atalhos, também é possível obter o número de série do aparelho.
Com esses dados em mãos, é importantíssimo cadastrar o aparelho e a linha no aplicativo ‘Celular Seguro’, lançado em dezembro passado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A nova ferramenta, acessada via plataforma Gov.BR, visa integrar operadoras de telefonia e instituições financeiras, bloqueando de uma só vez o telefone e os aplicativos instalados. Em caso de roubo, furto ou perda, um único acionamento bloqueará o aparelho e as companhias telefônicas e os bancos serão informados. Isso poupa o trabalho de ter de ligar para cada agência bancária mais a operadora para relatar o ocorrido. E pode ficar tranquilo(a) que o governo NÃO vai ter acesso ao seu telefone.
Entre os que aderiram à ferramenta do governo federal, vale destacar Google, Ifood, Uber, Zetta e 99Táxi, além de instituições bancárias como Banco do Brasil, Banco Inter, Banco Pan, Banco Safra, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Sicoob, Sicred e XP Investimentos. Cada banco tem seu próprio protocolo. O bloqueio do aplicativo pode levar até 30 minutos.
As operadoras de telefonia têm até fevereiro para aderir ao ‘Celular Seguro’. É importante checar se a sua concessionária já está integrada a esse sistema de bloqueio, válido para todo o Brasil, incluindo Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Entre os dias 19 de dezembro e 8 de fevereiro, em menos de dois meses, o “Celular Seguro” já contava com 1.498.846 usuários cadastrados, 1.162.353 telefones cadastrados e 20.055 alertas de bloqueio. A plataforma permite acionar um contato de confiança para bloquear o aparelho e serviços em caso de impossibilidade do titular.
“O ‘Celular Seguro’ representa um botão de emergência que deve ser utilizado somente em casos de perda, furto ou roubo do celular. A ação garante o bloqueio ágil do aparelho e de dispositivos digitais. A ferramenta não oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio. Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, terá que solicitar os acessos entrando em contato com a operadora, bancos e outros. Cada empresa segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos, descrito nos termos de uso”, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Outra funcionalidade necessária para se proteger é alterar o PIN (número de identificação pessoal, na sigla em inglês) do chip. Cada operadora tem um padrão. Alterar esse código ajuda a proteger. Se o ladrão tentar utilizar o chip em outro aparelho, terá de desbloqueá-lo. Sem isso, não consegue ligar nem receber mensagens SMS, algo importante quando se quer recuperar acesso a aplicativos.
Smartphones com sistemas operacionais Android e iOS contam com outras funcionalidades, entre elas a de localizar o dispositivo por meio de outro aparelho ou pelo computador, bastando fazer ‘login’ com o e-mail e senha de serviço previamente cadastrados. Essa ferramenta também permite que os dados no aparelho perdido, furtado ou roubado sejam deletados à distância assim que houver conexão via internet. Cada fabricante tem seu próprio sistema e protocolo.
Fazer um boletim de ocorrência policial sobre a perda, roubo ou furto de aparelho também se faz necessário, até mesmo caso o telefone seja recuperado. Para além disso, é um modo de o proprietário estar amparado em caso de mau uso do seu bem por terceiros.