Por luana.benedito

Rio - O governo federal tenta minimizar os impactos da crise no mercado imobiliário, que tem visto o número de distratos saltarem para patamares jamais vistos e a falta de confiança do consumidor em assumir um dívida de longo prazo, que pode chegar a 30 anos. E, como o setor emprega muita gente nos canteiros de obras, a saída foi fazer mudanças no ‘Minha Casa, Minha Vida’, como criar faixa de R$ 6.500 a R$ 9 mil, com juros subsidiados (9,16% ao ano mais TR –Taxa Referencial) e a correção do valor do imóvel, que passou para R$ 240 mil no caso do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

Fachada e área de lazer de ofertas que se enquadram com o novo teto de R%24 1%2C5 milhão para compra de imóvel%2C com o uso dos recursos do FGTSDivulgação

Outra mudança esperada era a elevação de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão para compra do imóvel com recursos do FGTS. É importante ressaltar que o novo teto vale até 31 de dezembro. Segnudo especialistas, não significa que o valor anterior voltará automaticamente no fim do ano. Em dezembro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) voltará a se reunir para decidir, de acordo com as condições de mercado, se o teto será mantido, reduzido ou aumentado. A alteração só vale para imóveis novos. Na planta ou em construção. Vale lembrar que os juros pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) são limitados a 12% ao ano, mais TR.

NECESSIDADE DE INCENTIVOS

“A decisão do governo federal de elevar o teto de financiamento de imóveis com uso do FGTS vai representar um alívio a incorporadoras, construtoras e consumidores. Mas a medida, isoladamente, não tem força para destravar o mercado imobiliário, em crise nos últimos dois anos. É preciso reanimar a economia, com incentivos ao financiamento de unidades novas e uma política para promoção da queda de juros. Setor e consumidores precisam se sentir seguros”, analisa Claudio Hermolin, presidente da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ).

A medida também vai ajudar a comercializar os estoques das construtoras. “É o momento ideal para a compra do imóvel no caso de quem pensa em usar o FGTS. A medida que estabeleceu o novo limite a ser financiado (R$ 1,5 milhão) fixou ainda dezembro como o prazo máximo para contratos nesse valor. A mudança beneficiou a classe média, que pode aproveitar o novo teto para comprar imóvel para moradia ou mesmo para investimento, aproveitando que os preços estão atrativos. No caso da Brookfield, temos empreendimentos com unidades dentro desse valor prontas para morar”, explica Marco Adnet, diretor Executivo da unidade Rio de Janeiro da Brookfield Incorporações.

Para o diretor-geral da Brasil Brokers para o Rio, Mario Amorim, o governo vem tomando boas medidas para ajudar a aquecer o setor de construção civil por entender a sua importância para a economia brasileira. “E essa foi mais uma decisão que beneficia quem quer comprar um imóvel, principalmente a classe média. O mercado acredita que os efeitos devem ser sentidos logo, pois os preços dos imóveis estão vantajosos neste momento", prevê Amorim.

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